segunda-feira, janeiro 31, 2011

Mia Couto.

"Os portugueses são o povo mais atrasado da Europa porque há séculos que se misturam com os negros. Quem o afirma é o jornal National Vanguard Tabloid, publicação oficial de uma organização inglesa que defende a “pureza da raça branca”. É curioso que o editorial da publicação tenha escolhido Portugal como o exemplo dos malefícios da contribuição do “sangue negro” para as sociedades europeias e americanas. Racismo assim, às claras, é já muito pouco frequente. O caso é tão raro que vale a pena visitá-lo.

O jornal assenta a sua argumentação em “factos históricos”. Portugal recebeu os primeiros escravos negros em meados do século XV. Dezenas de anos depois, os negros já eram 10 por cento do total da população lisboeta. Essa percentagem viria a crescer para 13 por cento no século seguinte. A pergunta imediata é a seguinte: estes africanos que destino tiveram? Regressaram a África. A resposta é não. Eles foram absorvidos, misturaram-se do ponto de vista genético, social e cultural. Eles ajudaram a construir a Portugalidade. Introduziram valores e dados de cultura. A palavra minhoca é apenas uma de dezenas de outras marcas no domínio linguístico.

O autor de tal prosa racista do tal tablóide inglês não tem dúvida em identificar nesta mistura de raças e de culturas a razão daquilo que ele chama de “declínio da sociedade portuguesa. Passo a citar: Os portugueses eram, até então, uma raça altamente civilizada, imaginativa, inteligente e corajosa. Mas devido ao rápido crescimento da população negra e o correspondente declínio dos brancos (cujos machos estavam em viagem longe da Europa) todo esse património de pureza foi adulterado.

Falo deste caso como forma de reconhecer que os preconceitos rácicos são múltiplos e de múltiplas facetas. O mundo não obedece a uma fronteira simples que divide os racistas dos não racistas e que separa vítimas e culpados. Vale a pena, pois, continuar a citar as razões invocadas pelo “National Vanguard”, para a chamada degradação da cultura e enfraquecimento da raça :
O que se vê hoje em Portugal é o resultado de uma mistura não selectiva e uniforme de 10 por cento de pretos e 90 por cento de brancos num todo o homogéneo. Trata-se de, facto, de uma nova raça – uma raça que estagnou na apatia e nada produziu de novo em 400 anos de História.
A culpa desta estagnação, segundo estes neonazis, reside na liberdade com os portugueses se “cruzaram” com os africanos. Isso resultou numa mudança profunda do carácter e da psicologia da nação lusitana. O “National Vanguard” não tem nenhuma dúvida ao afirmar: “os portugueses do século XVII e os dos séculos seguintes são duas raças diferentes”.

Os articulistas advogam obviamente a favor da separação racial. Sociedades como a americana contiveram e contém uma percentagem considerável de negros. Mas essas “souberam” manter uma céptica fronteira entre os grupos raciais. Não houve cruzamento nem mestiçagens. Assim diz o jornal.

Foi essa separação que, segundo a racista publicação, ajudou a manter a capacidade de progresso em países como os Estados Unidos da América. E conclui: não existe evidência nenhuma que a integração dos negros e dos judeus tenham trazido alguma vantagem em qualquer parte do mundo.

Embora estas publicações sejam casos isolados e representem uma faixa desprezível da opinião pública, a verdade é que não é por acaso que o jornal escolheu Portugal como um caso paradigmático. Todos nos lembrarmos do que escreveu Kaulza de Arriaga, quando explicava as maiores capacidades dos europeus do Norte em relação aos do Sul. Os trópicos como evidência de degradação e desumanização é um estereótipo antigo. Essa atitude de arrogância não é sequer nova. Uma parte da Europa há muito que lança sobre Portugal um olhar distante e de superioridade racial. Portugal é, afinal, o país de Eusébio, de Ricardo Chibanga, de Sara Tavares.
Um episódio antigo ligado ao explorador britânico Livingstone ilustra bem como essa Europa olhava e olha para Portugal. Livinsgtone vangloriava-se ter sido o primeiro branco a atravessar a África Austral. Um dia alguém lhe chamou publicamente a atenção que isso não era verdade. Antes dele já o português Silva Porto tinha realizado tal travessia. Imperturbável, o inglês ripostou:

- Eu nunca disse que fui o primeiro homem a fazê-lo. Disse apenas que fui o primeiro branco."

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Onde todos querem chegar mas ninguém quer ser

Hola!
Habituei-me a ouvir que velho é aquela condição que ninguém quer ter mas a que todos querem chegar.
Quando vejo um dos obreiros desta terra abençoada sabe-se lá por quem a fazer figuras no mínimo insólitas em frente às câmaras de televisão da Região vizinha, só me apetece beber mais umas copázias e dar umas valentes passas no paivante que me acompanha diariamente por forma a adiantar o destino. Chegar a e ser velho, depois de ter uma vida cheia de peripécias, mulheres, filhos, estórias, deve ser uma coisa engraçada. Eh pá, mas não me lixem com "F" maiúsculo: se vier a ser velho, quero viver essa condição com toda a dignidade. De uma coisa estou convicto (de acordo com o novo Acordo é "convito" que também pode significar, com o Vitó): não terei os problemas do quase noventão senhor.
Que te vaya bien!

terça-feira, janeiro 25, 2011

Tiago Mesquita, no Expresso.

"Celebrar um défice por este se situar abaixo do previsto (7,3%) seria normal se o número apresentado não fosse absurdamente elevado. Faz lembrar alguém que vai ao dentista e que ao sair da consulta manda assar um porco porque não lhe arrancaram o último dente que lhe resta na boca. Recuando no tempo: "Os senhores [do PS] deixaram Portugal de tanga", disse então o primeiro-ministro, Durão Barroso, em resposta à alegada falta de solidariedade política do PS em relação ao programa de emergência, apresentado e discutido na Assembleia da República. (17-04-2002) Durão não foi suficientemente teso para aguentar a tanga que o espartilhava e foi laurear a pevide para Bruxelas, munido de uns largos boxers, corria o ano de 2004, deixando então o menino nos braços de um atarantado Santana Lopes. Este, pouco habituado a mudar fraldas, deixou o miúdo de tal forma inflamado que o Presidente Jorge Sampaio achou por bem intervir e deixar a criança à guarda de alguém responsável até ter uma família de acolhimento. E aí entrou a família socialista, cheia de promessas, pó de talco e fraldas com abas largas para o menino não ficar com as virilhas assadas, transbordava esperança. Sim, esta mesma família que hoje em dia não se percebe bem se é um governo ou um grupo de vendedores de divida pública ambulante. Eles vão a todo lado, do Brasil a Timor, do Rato a Algés, dos Emiratos à China, do Qatar a Vila Real de Santo António. Passam mais tempo a hipotecar o futuro deste país lá fora do que por cá a resolver os incontáveis e intocáveis problemas que os próprios criaram. Chegam a regozijar-se por vender a dívida pública portuguesa a taxas que fariam corar qualquer economista alcoolizado há vinte anos atrás. Durante o mês de Janeiro quantos dias esteve o Primeiro-Ministro em Portugal? A divida de um país é hoje oferecida sabe-se lá a quem, em que termos, e em que esquinas, como quem vende algodão doce ou chupa-chupas numa feira-popular. No final está visto quem é que vais chupar com isto tudo.

Resumindo: se há uns anos nos encontrávamos de tanga, hoje em dia corremos nus pela Europa e mundo fora, sem sabermos se devemos finalmente parar e pedir ajuda ou se continuar a fugir dela como o diabo da cruz. Corremos até se nos acabar o fôlego. E ele está a acabar. Entretanto, de cabedal e chicote na mão, Angela Merkel, a implacável dominadora alemã, espera por nós."

Trovas.

De cada vez que ouço minimizar a vitória de quem vence, quase me apetece perguntar ao vento que passa por que é que ele cala a desgraça dos que realmente foram derrotados. Aparentemente, ante as evidências, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Coelho, o maior

Hola!
José Manuel Coelho (JMC) demostrou nas eleições de ontem que a democracia (?) está a caminho da terceira idade com 37 anos de vida tal como o estão alguns jotas que passeiam pelos corredores dos partidos políticos portugueses e que, vai não vai, aparecem a pavonear-se como assessores disto, daquilo ou daqueloutro. JMC congregou, com os brancos e nulos, e a abstenção, o protesto pela porca política a que assistimos desde há alguns anos.
O Poeta Alegre chegou ao fim da carreira. Já não era sem tempo. O apoio do Bloco de Esquerda acabou com quaisquer dúvidas sobre uma segunda volta e as cúpulas do PS devem estar a rir-se por terem finalmente acabado com a vida política de um militante incómodo.
Os outros não fizeram mais do que a obrigação: Cavaco, apesar de tudo, ganhou, o Xico Lopes não destoou e o Defensor foi posto onde merece.
Por último, era bom que os patetas que nos governam e fazem oposição pusessem os olhos na grande vencedora: Abstenção. É que já estivemos mais longe do fim da democracia. Ponham os olhos na insegurança em que as pessoas vivem e na pobreza em que estão mergulhadas - também por culpa de muitas delas - e preparem-se para um governito assim mais à direita por uns bons e largos anos.
Que te vaya bien!

sábado, janeiro 22, 2011

Impressionante.

Creio que em quase 5 anos de blog (ou coisa que o valha), raras foram as vezes que postei algo com esta gravidade. Trata-se de um documentário sobre a guerra colonial. Não vejam se tiverem estômago frágil. Dedicado aos cobardes e aproveitadores que por aí andam nestes dias. E para que a memória não seja curta.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Magali Aravena.


Diz o caquético presidente do fcp que não quer contratar o jogador Sálvio - do Glorioso. Ora, a ver pela foto, o idoso presidente azul e branco já não vê bem. É que esta é a namorada do jogador benfiquista. Ó Pintinho, acaso a Carolina Salgado tinha melhor figura, hein?

Better the devil you know...

Hoje é, de facto, um dia atípico. Primeiro, porque o scp ganhou. Segundo, e mais importante, estalou o verniz ao Ferreira Fernandes (que tantas vezes cito aqui no blog). Que o ilustre jornalista persegue Cavaco Silva (por quem não tenho nenhum especial apreço), é constatação que já não cai como novidade. Contudo, a sua crónica de hoje é uma tentativa imberbe de colar Cavaco ao antigo regime (por supostamente não ter manifestado opinião política antes do 25 de Abril de 74 – essa data que serve para tudo). Faz ainda alarde de uma metáfora para encostar Cavaco à figura do falecido Presidente do Conselho, num uso mais do que gasto da referência às contas de merceeiro de Salazar (“continhas de guarda-livros”). Pese embora o esforço do cronista, não sei se o objectivo de FF será alcançado (encrencar a campanha de Cavaco). É que, tal como Cavaco, antes do 25 de Abril o povo anónimo também vivia e trabalhava e nem sempre tinha tempo (e dinheiro) para outras actividades - como manifestações políticas. Já quanto às contas de merceeiro: talvez não se andasse a discutir o FMI se a diligência e o desvelo fossem a regra (e a falta de pudor e o compadrio descarado a excepção). Seja como fôr, antes as faltas que Cavaco cometeu do que ser cobarde ou traidor. Talvez Fernandes (e outros) saiba do que falo.

O nome da criança

Dar o nome a um(a) filho(a) é, sem dúvida, um acto de grande responsabilidade. Na verdade, é muito mais do que realizar o desejo de repetir inúmeras vezes o nome do nosso jogador, actor, familiar, ou até amigo preferido. É antes de mais criar uma identidade, um referencial indissociável da pessoa que o irá acompanhar para a posteridade.

Se determinados pais têm a veleidade de chamar a uma filha, aquilo que dizem ser uma mistura do nome dos dois (coisa que na verdade ainda estou para descobrir porque da simples leitura das palavras que compõe o dito cujo, não retiro nenhuma semelhança com o nome dos progenitores) e essa combinação resulta em LYONCE VIKTÓRIA, têm que existir alguém com o bom senso e autoridade necessárias para impedir que os inimputáveis possam concretizar tão caliginoso sonho. Afinal, é isso que se espera de um Estado de Direito.

Ouçam isto:

http://www.youtube.com/watch?v=J9xcJr9onHI&nofeather=True

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Misérias do Exílio - Os Últimos Meses de Humberto Delgado

Para que conheçam a história do "Bando de Argel". Aqui.

Mais nada!

Não poderei votar, mas subscrevo o que aqui está escrito.

Bunga-bunga.


Ora bem, parece que a Ruby participou numas festas do presidente italiano. E diz-se também que é imigrante marroquina. E sabe-se igualmente que é prostituta. E também é consabido que o sacana do Berlusconi é um tipo que sabe organizar uma bela festarola. O que parece que se sabia menos é que a moçoila tinha 17 anos na altura das bunga-bunga (nunca um nome foi tão apropriado para descrever uma festa; os italianos sabem-na toda!) Pois bem, atendo-me no curriculum que descrevi e no jovial e salutar aspecto da menina, desconfio que já não era virgem à data. Desconfio também que ninguém imaginaria que a moça seria menor de idade - tanto mais que ela o ocultou e trabalhava como stripper. Ainda assim, em Itália não largam o velhote. Este tipo de acção tem um só nome: hipocrisia. Ah!, e também mostra que não conseguem derrotar o homem nas urnas.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Boa música.

Há 25 anos era isto que se ouvia...

Não à discriminação dos candidatos

Hola!
Parece-me ter sido mais do que esclarecedor e suficiente que a RTP tenha discriminado o candidato madeirense nos debates para as eleições que se avizinham. Como tenho lido os jornais da RAEM a anunciar jantares de outros candidatos, e como também neste ponto andam a discriminar o Coelho - e eu sou pela igualdade - sugiro um jantar de apoio ao candidato caso seja eleito, como espera (ele), no próximo Domingo. Local indicado: tasquinhas do Porto Interior.
Caso isso não aconteça, podemos sempre tirar uns dias e preparar uma conferência dedicada ao tema do livro "O Bando de Argel" reeditado em 1998 pela Contra-Regra, sob o título de «Misérias do Exílio - Os últimos meses de Humberto Delgado». Estou convicto de que pelo menos serão e madrugada estão garantidos.
Que te vaya bien!

Exageros desta vida.

É coisa de somenos falar agora da sua brejeirice e da ridicularia do mundo em que se movia. O que ora interessa é que numa duvidosa e retorcida manifestação de humanismo e nobreza de carácter, há quem qualifique a morte de Carlos Castro como um "exagero" do assassino. Talqualmente na mercearia nos deparássemos com o exagero que é a subida do preço do tabaco. E o preço das portagens? Ai, credo!, que exagero! Como se a hediondez de torturar um ser humano e matá-lo à paulada pudesse ser reduzida pela técnica gramatical.

Globos de Ouro.

Ricky Gervais apresentou a gala dos Globos de Ouro. E o seu sarcasmo arrasou algumas das maiores figuras de Hollywood...

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Parabéns Gil!


Federico Gil está na segunda ronda do Open da Austrália, depois de uma batalha de mais de 4 horas com Pablo Cuevas. Vai agora encontrar Gael Monfils, o 12 do ranking mundial. E deverá ficar por aqui, mas já não foi nada mau.

Já cá canta!


Chegou hoje na volta do correio a minha GoPro HD Hero Naked Camera. Se tudo correr dentro do previsto, no começo do próximo mês postarei umas imagens bem catitas de uns mergulhos.

Nem Alegre nem Cavaco. Eu voto Coelho!

domingo, janeiro 16, 2011

Qual a melhor equipa de sempre?

O que vos parece?

Por A BOLA

A BOLA promove a partir de hoje a eleição da melhor equipa de sempre na história do futebol.

Hungria de 1954
Grosics; Buzansky, Bozsik, Lantos; Lorant, Zakarias, Czibor, Toth, Hidegkuti; Kocsis, Puskás;
Treinador: Gustav Sebes;
Com uma equipa nacional inspirada no Honved, que em 1954 tinha Grosics, Bozsik, Lorant, Czibor, Kocsis e Puskás, a Hungria aplicou pela primeira vez com real inspiração e sucesso a táctica do W M, letras que a disposição dos jogadores desenhavam no relvado, uma inspiração da Inglaterra dos anos 30. Este sistema primordial acabaria por tornar-se inspirador para brasileiros e holandeses, por exemplo. A presença na final do Mundial-54, perdido por 2-3 para a República Federal da Alemanha, foi a pedra no sapato de uma selecção húngara que durou para sempre. Czibor e Kocsis mudar-se-iam para o Barcelona pouco depois; Puskás faria história no Real Madrid, marcando definitivamente o rumo do futebol mundial.

Real Madrid de 1960
Dominguez; Marquitos, Santamaria, Pachin; Vidal, Zarraga, Canario, DelSol, Di Stéfano; Puskás, Gento;
Treinador: Miguel Muñoz;
Esta equipa, de 1960, foi a que conquistou pela quinta vez consecutiva a Taça dos Campeões Europeus, de resto as cinco primeiras da competição. Foi o balanço que levou o Real Madrid a ser, ainda hoje, a equipa com mais vitórias na prova, nove. Na última final desta série, o futebol voador do Real Madrid resultou em sete golos aos alemães do Eintracht de Frankfurt: 7-3, a final com mais golos de sempre. Eram tempos de Di Stéfano, jogador que não tinha lugar no campo, que jogava em todo o lado, e de Gento, que venceu seis Taças dos Campeões, de 1955 a 60 e depois em 66! A equipa de 1960 era treinada por Miguel Muñoz, que já tinha vencido a prova como jogador e depois o fez como treinador. Também por isso ficou na história.

Benfica de 1962
Costa Pereira; Mário João, Cruz, Germano, Ângelo; Cavém, Coluna, José Augusto, Eusébio, António Simões; José Águas;
Treinador: Béla Guttmann;
O Benfica já tinha sido campeão europeu em 1961, ainda sem Eusébio e logicamente num estilo e onze diferente. Seria em 1962, já com um ataque formado por Eusébio, José Augusto, Águas e Simões. Um ataque que nas finais europeias de 1963, 1965 e 1968 teria Torres, outra lenda, em vez de José Águas. Era um Benfica de fama mundial e que, de resto, seria a base incontornável da Selecção Nacional que em 1966 terminaria o Mundial de Inglaterra num até hoje imbatível terceiro lugar. O futebol ofensivo do Benfica chegava de todos os lados e com igual força: pela velocidade imparável dos alas, pela inteligência perspicaz de Águas e depois pela altura de Torres e, se tudo o resto falhasse, por Eusébio.

Manchester United de 1968
Stepney; Brennan, Foulkes, Sadler, Dunne; Crerand, Stiles, Bobby Charlton; George Best, Kidd, Law;
Treinador: Matt Busby;
Até 1968 a Taça dos Campeões Europeus foi dominada por espanhóis, portugueses e italianos. Em 1967, os escoceses do Celtic venceram o Inter, mas só em 1968 uma equipa britânica, desta feita inglesa, o faria com talentos à escala mundial, casos de Bobby Charlton e George Best e Dennis Law. O primeiro, com fama de senhor inglês, o segundo, falecido em 2005, um norte-irlandês boémio e irresponsável que conseguiu, por outros caminhos, igual admiração. E o terceiro, escocês, avançado que não jogou, lesionado, a final com o Benfica (4-1) mas que fazia parte do grupo de 68. O característico futebol britânico, já campeão do Mundo em 1966, podia mostrar ao mundo o estilo de kick and run que, nas mãos de Matt Busby, era único.

Brasil de 1970
Féliz; Carlos Alberto, Brito, Piazza, Everaldo; Jairzinho, Gérson, Clodoaldo, Rivelino; Tostão, Pelé;
Treinador: Mário Zagallo;
O treinador Mário Zagallo, que ao vencer o Mundial de 1970 com o Brasil conseguiu o feito de ser o primeiro de sempre a vencer o torneio como jogador (1958 e 1962) e depois técnico, treinava um onze de sonho e que terá sido o melhor de sempre da história do país. Todos os futebolistas jogavam no campeonato brasileiro. O líder, claro, era Pelé, do Santos, que ganhava o seu terceiro mundial, depois de 1958 e 1962. Era um futebol que era um abuso. O Brasil venceu os seis jogos da prova, marcou 19 golos em seis jogos, os seus craques faziam fintas que chegavam a envergonhar o adversários, tal a superioridade. A revista World Soccer, em 2007, considerou o Brasil de 1970 a melhor equipa da história do futebol.

Holanda de 1974
Jongbloed; Rijsbergen, Haan, Suurbier, Jansen, Krol; Neeskens, Van Hanegem, Cruyff; Rep, Rensenbrink;
Treinador: Rinus Michels;
Rinus Michels, o treinador, inventou um futebol total, em carrossel, onde os jogadores tinham posições apenas ligeiramente definidas. Parecia magia. No meio de tudo, Cruyff, o génio que, em 1974, depois da formação no Ajax, já estava em Barcelona. Crescera no Ajax, porém, tricampeão europeu em 1971, 1972 e 1973. Aliás, a maior parte da fornada era do Ajax: Rep, Neeskens, Krol, Suurbier e Haan. Esta Holanda foi vice-campeã Mundial em 1974 e deixou uma marca inesquecível, modernizando o entendimento do jogo pela inteligência, movimento, elegância. Clockwork Orange, de 1971, filme de Kubrick traduzido para português como Laranja Mecânica, estava fresco. A cor laranja da Holanda permitiu associação.

Bayern de 1975
Maier; Schwarzenbeck, Beckenbauer, Hansen, Horsmann; Roth, Dumberger, Kapellmann, Rummenigge; Muller, Hoeness;
Treinador: Dettmar Cramer;
Começou com a vitória no Campeonato da Europa de 1972. A Alemanha já era liderada pelo defesa Beckenbauer, carismático, corajoso, tecnicista, rápido. Seguiu-se o título mundial de 1974, em Munique, frente à Holanda (2-1). Era uma equipa gélida, concentrada, forte, agressiva, parecia imbatível. A base era o Bayern, que em 1973/74 vencia a Taça dos Campeões Europeus. No ano seguinte perdia Breitner, mas manteve o ritmo, conquistando a prova outra vez nos dois anos seguintes com o treinador Dettmar Cramer que, ainda que importante, ficou um nome secundário quando comparado com o treinador Beckenbauer. Já efectivamente no cargo de treinador, o kaiser seria campeão mundial com a Alemanha em 1990.

Liverpool de 1978
Clemence; Neal, Hansen, Hughes, Thompson; McDermott, Souness, Case, Raymond Kennedy; Dalglish, Fairclough;
Treinador: Bob Paisley;
Uma obra do treinador Bob Paisley, que, como jogador e treinador, esteve 44 anos no clube. Em 1978, o Liverpool sagrou-se bicampeão europeu. Já Dalglish no lugar do também histórico Keegan, que ganhara o título europeu um ano antes. Mas os outros dez eram os mesmos do ano anterior.. Ainda com Paisley, em 1980/81, e praticamente com a mesma equipa outra vez, o Liverpool volta a sagrar-se campeão europeu, confirmando o poder e a durabilidade rara do núcleo de jogadores. Era uma equipa de combate perfeita. Já sem Paisley, com Fagan a treinador um onze com Neal, Hansen, Kennedy, Souness, Dalglish e Rush, os reds venceriam outro título europeu em 1983/84. Foi um período central para um clube lendário.

Brasil de 1982
Valdir Perez; Leandro, Óscar, Luizinho, Júnior; Falcão, Sócrates, Cerezo, Zico; Careca, Élder;
Treinador: Telê Santana;
O Brasil de 1982 não foi campeão do Mundo, na verdade chegou, em Espanha, apenas às meias-finais, caindo aos pés da frieza italiana. Porém, a equipa orientada por Telê Santana e que, no campo, seguia a passada larga do Doutor Sócrates ficou na história do futebol como uma das mais elegantes de sempre. Só faltou o avançado Careca, que se lesionou antes do Mundial e foi substituído pelo menos cotado Serginho. A selecção que os brasileiros trouxeram à Europa era um grupo sem vícios europeus. Apenas Falcão, que então jogava na Roma, actuava fora do Brasil. Era uma equipa em estado de pureza artística, talvez a última do género. Não ganharam, mas se tivessem ganho se calhar não estavam na história.

Argentina de 1986
Pumpilo; Cuciuffo, Brown, Ruggeri, Baptista; Enrique, Burruchaga, Giusti, Olarticoechea; Maradona, Valdano;
Treinador: Carlos Bilardo;
Às vezes é difícil recordar mais do que dois ou três jogadores da Argentina campeã do Mundo em 1986. Surgem os nomes de Valdano, Burruchaga e, evidentemente, Diego Armando Maradona, que a maior parte das pessoas, talvez para compensar, conhece pelos três nomes, como se fossem três jogadores num só. A Argentina de 1986 ficou na história não tanto por equipa, mas por jogador. O nome da equipa, aliás, bem podia ser Maradona 1986. Caso raríssimo de dependência do génio. A Argentina do treinador César Luís Menotti, campeã do Mundo em 1978, com Mario Kempes no campo, também deixou a sua marca na história, mas a luz de Maradona no futebol mundial ilumina tudo só por si.

Milan de 1989
Galli; Tassotti, Costacurta, Baresi, Maldini; Colombo, Rijkaard, Ancelotti, Donadoni; Gullit, Van Basten;
Treinador: Arrigo Sacchi;
Metade da equipa jogava e pensava de forma italiana, metódica, organizada, tal como queria o treinador Arrigo Sacchi. A outra metade, porém, sobretudo a metade que atacava, era fortemente influenciada pelo espírito holandês que impunham Rijkaard e, sobretudo, as super-estrelas Ruud Gullit e Marco van Basten, absolutamente incontornáveis na história do futebol europeu nos anos 80 e 90. Estes três holandeses, de resto, foram determinantes no título europeu da Holanda em 1988. Todos juntos, com os italianos, venceram no Milan, no final dos anos 80 e primeiros anos dos 90, dois campeonatos, duas Taças dos Campeões (uma ao Benfica), duas Supertaças europeias e duas Taças Intercontinentais.

Barcelona de 1994
Zubizarreta; Koeman, Ferrer, Nadal; Guardiola, Bakero, Sergi, Laudrup; Beguristain, Stoichkov, Romário;
Treinador: Johan Cruyff;
O Barcelona foi campeão europeu em 1991/92, já treinado por Cruyff e com Zubizarreta, Ferrer, Koeman, Guardiola, Laudrup, Stoichkov e Baquero na equipa, mas seria em 1994, depois da decisiva chegada do avançado brasileiro Romário, que atingiria o seu expoente de qualidade, mesmo que, em nova final da Taça dos Campeões, tenha perdido 4-0 com o Milan, em 1993/94. Em Espanha, este grupo venceu os títulos de 1991, 1992, 1993 e 1994. A facilidade do jogo dos catalães, a forma provocatória com que Romário era colocado à frente do guarda-redes pela torrente de futebol ofensivo ganhou dimensão onírica. Na Catalunha começaram a chamar-lhe Dream Team. No resto do Mundo também.

França de 2000
Fabien Barthez; Thurm, Blanc, Desailly, Lizarazu; Vieira, Deschamps, Djorkaeff, Dugarry, Zidane; Henry;
Treinador: Roger Lemerre;
A vitória no Mundial de 1998 foi o primeiro passo da história, mas a confirmação da excelência do grupo liderado por Zinedine Zidane veio em 2000, no Campeonato da Europa, com outra vitória. Era uma equipa já sem Petit, Karembeu e Guivarc'h, mas com mais balanço, mais ligação. Era um grupo paciente, que misturava experiência e juventude, com jogadores espalhados pelos grandes da Europa, uma representação de tempos modernos, mais livres. No Europeu, os franceses até ficaram em segundo no grupo e nunca tiveram vida fácil a eliminar: 2-1 à Espanha, 2-1 a Portugal, 2-1 à Itália, na final. Não era futebol típico francês, longe disso. Era tudo calculado por Zidane, ao milímetro, nada parecia ao acaso.

FC Porto de 2004
Vítor Baía; Paulo Ferreira, Jorge Costa, Ricardo Carvalho, Nuno Valente; Costinha, Pedro Mendes, Maniche, Deco; McCarthy, Derlei;
Treinador: José Mourinho;
Depois de ter vencido a Taça UEFA em 2003, José Mourinho, avançada para a conquista da Champions com o FC Porto, projecto nessa altura visto como impossível. Não era. Mourinho ganhou e saiu, dizendo que era especial. De lá para cá, o setubalense continua a caminho de, tão simplesmente, se tornar, se mantiver o ritmo, no técnico mais premiado e vencedor de sempre. Aquele FC Porto tinha craques como Baía (um dos futebolistas com mais títulos na história), Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Jorge Costa, Costinha, Maniche, Deco ou Derlei. Era a base da Selecção que foi à final do Euro-2004 e às meias do Mundial-2006. Mas, mais que uma equipa, era um treinador a entrar na história.

Barcelona de 2010
Valdés; Dani Alves, Puyol, Piqué, Abidal; Busquets, Xavi, Iniesta; Pedro, Messi, Villa;
Treinador: Pep Guardiola;
A equipa treinada por Pep Guardiola, antes aluno do barcelonismo, hoje professor, ganhou seis troféus em 2008/09, então ainda com Eto'o no ataque. Era já um grupo com muito espaço conquistado na Espanha que venceu o Campeonato da Europa de 2008. Mas aprimorou, cresceu para os lados do impossível. O argentino Messi está no pódio dos melhores do Mundo há quatro anos (inédito) e vence há dois seguidos. Além do mais, o pódio da Bola de Ouro foi inteiramente do Barça: com Messi, Xavi e Iniesta. E jogam como raramente se viu, parece magia, coisa que provoca quase tonturas. E, claro, ainda Puyol, Piqué, Busquets, Pedro, Villa, Valdés, todos campeões do Mundo por Espanha em 2010.

sábado, janeiro 15, 2011

Beach Boys.

Aqui ficam os Beach Boys com um musicol à antiga. Bom FDS!

Registo actualizado.

Diz Paulo Sérgio, o ilustre treinador do sporting, que "dos 45 pontos possíveis, pensamos fazer 46". Para que ele não se preocupe com coisas menores e possa manter-se totalmente concentrado nos treinos e tácticas da sua equipa - e, principalmente, para que possa continuar a presentear-nos com estas divertidas tiradas -, propomo-nos manter um registo actualizado dos vários pontos que entretanto o sporting irá perder.

Franz Beckenbauer.

"Mourinho tem obtido resultados com menos recursos do que os adversários, mas tem sido grosseiro e mal-educado na obtenção dos seus objectivos."

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Do Corta-Fitas, de novo.

Reflictam bem antes de exercerem o direito de voto.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Vitória de Pirro.

Paul Krugman, no International Herald Tribune.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Aí está o primeiro do ano!

Já começou o qualifying do Open da Austrália, o primeiro do ano. Desta vez, são quatro os portugueses que por lá andam. Leonardo Tavares e João Sousa vão tentar chegar ao quadro principal (onde já estão Frederico Gil e Rui Machado), mas a tarefa não se afigura fácil. Para já, terão pela frente os franceses Stéphane Robert e Josselin Ouanna na primeira ronda de qualificação para o quadro principal. Boa sorte para os quatro tugas!

Do Corta-Fitas.

http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/4107948.html

terça-feira, janeiro 11, 2011

Crendice.

Hoje é dia 11/1/11. Mais curioso que isto só mesmo daqui a exactamente 10 meses. Desconheço como é que o calendário Maya interpreta a coisa e nem sequer estou a par de potenciais místicas teorias sobre a data. Contudo, pelo sim pelo não, já pendurei um alho na janela e vou agora ver se alguém me consegue desencantar uma pata de coelho (ou de lebre, na falta da original).

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Oportunidade única.

Parece que quem votar no Alegre recebe um transístor de onda média, um mapa ilustrado de Argel, um exemplar do livro Obra Poética: Da Conduta Ética do Militar – escrito pelo próprio - e um folheto de publicidade ao BPP. É de aproveitar.

domingo, janeiro 09, 2011

Ganda Sérgio!

Do tempo do xô Presidente do Conselho. Quem não gostar tem sempre a possibilidade de ir ver outros blogs. Este é assim, às direitas! ;)

sábado, janeiro 08, 2011

Os Tugas no estrangeiro.

Quem andava incomodado com o facto de só se falar de Portugal por causa do filho de CR7 e do FMI, tem agora bastas razões para se esconder debaixo da cama: o jornalista Carlos Castro apareceu castrado no seu hotel em plena Times Square, suspeitando a polícia que terá sido assassinado pelo modelo português Renato Seabra. Antevê-se uma reposição da célebre trama Império dos Sentidos, de Nagisa Oshima. Mas esta nova versão com portugueses à mistura e reescrita pela ILGA - aquela associação com nome de governanta alemã emigrada no Reino Unido e que orgulhosamente identifica publicamente os seus associados por práticas que só a eles deviam dizer respeito.

sexta-feira, janeiro 07, 2011

De preto a escravo...

O impensável aconteceu. Há quem queira que o Huckleberry Finn deixe de chamar Jim de “nigger” para a apelidá-lo de “slave”. O falso moralismo de alguns a procurar justificar o desplante de violentar um dos maiores clássicos da literatura mundial. O que diria Mark Twain desta tolice?

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Passarada

Hola!
Tudo terá começado com o despedimento da águia Vitória no final do ano passado.
A seguir, nos Estados do Arkansas e Louisiana, nos Estados Unidos, com relatos subsequentes de que o Brasil e o Japão também viram passarada a morrer.
Ontem, em Falköping, na Suécia, foi encontrada mais uma mão cheia de aves mortas.
Será isto o prenúncio do apocalipse bíblico ou só uma coincidência fruto da arrogância do Juan Barnabé, da poluição, fogo de artifício ou ensaios com armas?
E quando é que isto atinge os patos bravos que por aí andam impunes e cheios de vida?
Antes que a resposta à primeira parte da primeira pergunta seja afirmativa, vou mas é abrir uma garrafa de vinho para acompanhar de entrada uns passarinhos fritos e o prato principal que vai ser frango de fricassé.
Que te vaya bien!

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Malangatana.


Faleceu hoje um dos expoentes máximos da pintura africana, o moçambicano Malangatana.

Anonymity and the Dark Side of the Internet.

Artigo muito interessante.

terça-feira, janeiro 04, 2011

O Zé.

Durante 2 meses, ante as notícias que iam dando conta da atribuição do prémio de melhor treinador do ano a Vicente Del Bosque (treinador Campeão do Mundo), José Mourinho - leia-se, Zé - não parou um instante. Afirmou que era ele – o Zé, entenda-se - o melhor do mundo e que, por isso, deveria ganhar o prémio de treinador do ano; que um treinador de selecção não deveria sequer concorrer com os treinadores de clubes (parece que só este último sofre as agruras do insondável devir futebolístico); e, inclusive, Zé chegou a fazer alarde dos seus poderes mediúnicos para, quasi-peremptoriamente, asseverar que sabia existir “alguém” que pretendia que ele não fosse entronizado novamente – enfim, um conluio monstruoso de poderosos da bola que lhe armavam as teias da ruína. Porém, muito contra o diz-que-disse dos últimos meses, Zé afinal lá ganhou o prémio que tanto reclamava e que a sua superior presciência destinava a outros menos capazes por força de conspirações de bastidores. Para já, limitou-se a agradecer a distinção. Os tugas aplaudem. Eu ficaria bem mais orgulhoso se o ilustre compatriota fizesse um pequeno acto de contrição e, de forma simples e directa, pedisse desculpa pelos dislates dos últimos meses. É que, caso contrário, pairará sobre ele a imagem de um puto que faz birra até lhe darem as prendas que julga merecer. E já não tem idade para isso. O Zé é, de facto, o melhor. Mas poderia também ser o mais digno.

P.S.: Despois de devidamente alertado para o facto, pude comprovar que a posta acima foi motivada por erro deste que vos escreve. Com efeito, o Zé ganhou o prémio anual da UEFA e não é este que o Zé anda há meses a reclamar para si (o prémio do IFFHS). Mantenho, por isso, a primeira parte do texto - no que à arrogância das suas posições diz respeito -, mas já me retrato no que concerne à segunda - não se lhe pode exigir qualquer acto de contrição. Quer cá parecer-me que o Zé não passa os olhos por este estaminé. Ainda assim, se cá vier ao engano ou se for alertado por algum curioso da blogosfera, aqui fica o meu penhorado pedido de desculpas. Não custa nada. ;)

Enfim, um pouco mais a sério, peço desculpa pela inexactidão e por ter induzido em erro os dilectos clientes do blogue.

Sobre José Sócrates.

João César Das Neves.

Tiago Mesquita.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Bobo que quer ser rei...

O pior nem é a arrogância e a cara de pateta que exibe, é a falta de consciência da sua irrelevância para o Porto Santo e, já agora, para qualquer outra localidade. Não haveria por ali ninguém que o mandasse à merda ou lhe espetasse um par de lambadas?

domingo, janeiro 02, 2011

Kung Hei Fat Choi!


Aí está no Ano Novo Lunar do Coelho!

sábado, janeiro 01, 2011

Famelga...

Para voces!!! Alegre, como se quer 2011 e como se quer a vida!