sábado, maio 30, 2009

Não chores.

Ontem, a menina Michelle perdeu com uma francesa de ascendência árabe. A adversária queixou-se ao árbitro dos gritos da portuguesa, embora só o tenha feito quando começou a perder a vantagem que até aí tinha granjeado. A estratégia da francesa rendeu-lhe a desejada vitória. O público francês, exemplo máximo da arrogância e da má educação, despediu-se de uma miúda de 16 anos com um coro de apupos e ofensas. No balneário, Michelle rompeu em pranto. Mas não valia a pena chorar. Em 1980, depois de uma meia-final mítica e polémica, um miúdo de 21 anos atingia a final de Wimbledon. O seu adversário era o ídolo do público: Bjorn Borg. A imprensa e o público crucificaram o miúdo antes e depois da final que viria a perder. A imprensa apedlidou-o de “superbrat” e previram que nunca mais jogaria uma final nos courts sagrados de Wimbledon. Enganaram-se. No ano seguinte, também contra Bjorn Borg, o miúdo voltou ao relvado principal e venceu! Os velhos do All England Club não gostaram da afronta e recusaram-lhe o título de sócio honorário do clube, honra até aí atribuída a todos os campeões do torneio inglês. Em 1983 e 1984 voltou a vencer o torneio. Os críticos calaram-se e os velhos do All England sempre lhe atribuíram o título anteriormente negado. Hoje, este jogador é uma glória do ténis e não há inglês que lhe não teça os mais rasgados elogios. Chama-se McEnroe. Calar jornalistas, adversários e público afinal é fácil. Não é preciso chorar, basta ser persistente e vencer!

2 Comentários:

Às 11:59 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Ainda vai longe, esta "garota". Abraço

 
Às 12:03 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Foi de muito mau gosto a forma como foi tratada, mas o que importa é que chegou onde chegou e ainda pode ir mais longe.." Bfs Abraço

 

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