sábado, setembro 01, 2007

No Leal Senado, de Couto Viana


Foi construído para a eternidade:
A clareza da face, a rigidez da forma.
Segurança da norma
Da cidade.

Gravou-lhe El-Rei de Portugal
A mais alta legenda
(Nunca a dê, nunca a perca, nunca a venda!):
Outro não houve mais leal.

Dois anjos de joelhos (devida condição!),
Sustentam-lhe o escudo e a coroa.
Na escadaria, a Virgem abre o manto, abençoa:
Misericordioso abrigo e salvação.

A energia do não e o rigor do sim
Sejam a voz de quem lá mora,
Num reflectir atento, ponderado,
Ante a exigência do mandarim,
A anteceder de sempre e não de outrora
nome de Leal Senado.

2 Comentários:

Às 3:22 da tarde , Blogger VICI disse...

Caniggia em grande!

 
Às 3:39 da tarde , Blogger Claudio Caniggia disse...

Couto Viana viveu, como sabes, uns anos em Macau. Actualmente mora em Lisboa na Casa do Artista. É um poeta maior Português mas como é um grande patriota e ainda por cima por azar é monárquico . . . não convêm divulgar muito.

 

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