Onde anda a esperança?
Decorriam os anos 80, quando Eddy Grant lançou um single que o viria a celebrizar, "Gimme Hope Jo'anna".
Trata-se de uma música alegre e divertida. Contudo, a sua letra é de claro repúdio pela situação política e social então vivida na África do Sul do Apartheid.
Ora, Apartheid mais não é do que a palavra em Africander (ou Afrikaans) para designar “separação”. De facto, existia uma separação racial na Af. Sul. Acontece, porém, que essa separação racial não desapareceu, apenas se tem vindo a alterar o equilíbrio político que lhe estava subjacente, bem como o domínio do poder económico que lhe servia de sustentáculo. Em suma, estão a mudar os amos, mas continuam a subsisitir os servos.
Corremos um sério risco de estar a assistir, agora na Af. Sul, ao que em tempos sucedeu na Rodésia!
Até por isso, se nos abstrairmos da conjuntura que deu origem à música que vos trago, concluímos que ela mantém toda a acuidade. E se substituirmos Durban por Bulawayo, Transvaal por Mashonaland e Soweto por Harare, concluímos que esta música afinal não tem cor e é intemporal, tal como o tem sido a exploração...
Vem isto a propósito, porque, novamente, Mr. Bob, o incontornável Robert Mugabe, será seguramente eleito para mais um mandato no país que está ignobilmente a destruir, o Zimbabwe!
Trata-se de uma música alegre e divertida. Contudo, a sua letra é de claro repúdio pela situação política e social então vivida na África do Sul do Apartheid.
Ora, Apartheid mais não é do que a palavra em Africander (ou Afrikaans) para designar “separação”. De facto, existia uma separação racial na Af. Sul. Acontece, porém, que essa separação racial não desapareceu, apenas se tem vindo a alterar o equilíbrio político que lhe estava subjacente, bem como o domínio do poder económico que lhe servia de sustentáculo. Em suma, estão a mudar os amos, mas continuam a subsisitir os servos.
Corremos um sério risco de estar a assistir, agora na Af. Sul, ao que em tempos sucedeu na Rodésia!
Até por isso, se nos abstrairmos da conjuntura que deu origem à música que vos trago, concluímos que ela mantém toda a acuidade. E se substituirmos Durban por Bulawayo, Transvaal por Mashonaland e Soweto por Harare, concluímos que esta música afinal não tem cor e é intemporal, tal como o tem sido a exploração...
Vem isto a propósito, porque, novamente, Mr. Bob, o incontornável Robert Mugabe, será seguramente eleito para mais um mandato no país que está ignobilmente a destruir, o Zimbabwe!
Sob a capa da ameaça e da violência, decorrem este sábado as eleições neste país da África Austral e que foi outrora o seu celeiro...
Esta música é para o Bob e para os impolutos e sobranceiros Ingleses (e não só!) que o secundam há anos com a sua passividade assassina...
Até amanhã!
4 Comentários:
ora, nem mais Xô Vici!
ainda esta manhã, quando preguiçava no leito, vi na cnn uma entrevista ao "ministro da informação" do país do bob que, infelizmente, ainda não puseram no youtube.
à pergunta do entrevistador: "mas a cnn pode ir fazer a cobertura das eleições" respondeu atabalhoadamente o senhor: "bem, vocês são amigos das oposição, por isso não podem". um luxo.
Muito bom post.Abraço.PG
A esperança só pode renascer com a morte de Mugabe!!
E a democracia também...
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