Nacionalidades...
O que se segue é um emaranhado de ideias conexas ao conceito de "nacionalidade"...
1- Sinto-me português. Não poderia, neste momento, ter outra nacionalidade que não a portuguesa. Isto, porque o contrário seria trair as minhas convicções, crenças e sentimentos. Mas isso sou eu! Se outro houver que sinta uma outra nacionalidade com mais intensidade do que a portuguesa, não vejo por que é que a não há-de acolher! Obviamente, ponto é que as suas convicções, crenças e sentimentos estejam mais perto dos commumente partilhados pela comunidade cuja nacionalidade virá a adoptar para futuro...
2- Por outro lado, não vejo por que é que um não-português de origem não possa acolher e até representar os sentimentos lusos de forma mais veemente do que um português de origem. O facto de se nascer português não dá nenhuma pretensa superioridade a ninguém, nem sequer habilitará quem quer que seja a um qualquer monopólio no que à nacionalidade diz respeito... Por isso, num mundo global, parece-me normal ver um português falar e escrever bem em inglês*, tal como me parece aceitável ver um inglês escrever e falar correctamente a língua de Camões (já que os tugas não o fazem, que o façam os estrangeiros...)
3- Por último, temos assistido às mais variadas e contundentes críticas voltadas para aqueles que, tendo legitimamente adquirido a nacionalidade lusa, conseguem, por méritos próprios, alcançar lugares de destaque em Portugal (vide, o caso dos “futeboleiros”). Ora, dir-se-ia que anda no ar um sentimento de grande nacionalismo, de orgulho luso, de paixão lusitana, de patriótica coragem... Pena é que esses portugueses, os que hoje alardeiam esse sentimento, esse orgulho, essa paixão e essa coragem, não o tenham feito em momentos históricos e em circunstâncias bem mais importantes do que as que agora os fazem "sair da toca"...
* Só escrevi isto para ser “politicamente correcto”, uma vez que, tal como diria Eça, “Um homem só deve falar, com impecável segurança e pureza, a língua da sua terra: - todas as outras as deve falar mal, orgulhosamente mal, com aquele acento chato e falso que denuncia logo o estrangeiro. Na língua verdadeiramente reside a nacionalidade; e quem for possuindo com crescente perfeição os idiomas da Europa vai gradualmente sofrendo uma desnacionalização.” ;)
6 Comentários:
A nacionalidade deve ser a dos País onde vivivemos, crecemos e somos felizes,,por vezes não é o sitio onde nascemos...mas o que nos acolheu e deu tudo o que se tem...Abraço
a minha família são os meus amigos, a minha terra é onde me sinto bem.
bom post para aqueles a quem estas coisas interessam.
Ui, ui, o que pra ai vai nas entrelinhas...
Não concordo...
No caso do Pepe trata-se de prestigio não de amor à selecção nacional!
Obviamente não continuarei a apoiar a selecção portuguesa (quase brasileira).
Caro Fred,
Tem direito à sua opinião.
Mas, se me permite, apenas no ponto 3 pretendo abarcar casos como o do Pepe. Os outros 2 pontos, têm outros destinatários bem longe de Portugal...
Os outros 2 pontos é pa malhar no valente e no outro que escolheu a nacionalidade chinesa com propositos a ser muitos especulados.
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