soltas: do dólar ao tibete - abel(a) loja do ouro

isto de ter o Xô Vici a estanciar-se não tem o mesmo motejo, glamour e classe. acresce que o Caniggia está a banhos, o Porto Tónico e o Ma Si Ka atolhados em papéis, peças e afins e a Ragazza sabe-se lá por onde anda - eu sei, mas não posso dizer.

para que isto não fique moribundo e nem entre em crise - meltdown nos tempos modernos - aqui fica uma posta sobre o que se vai passando:

1. dólar

para quem tem despesas em euros, o que não é o meu caso - exceptuando umas quotas da associação profissional e o cativo do "Glorioso", também Ele, em crise profunda - isto vai de mal a pior. um euro, que também usa "eiro" ou "aéreo", já vale quase mais de um dólar e sessenta cêntimos.

dizem alguns analistas que isto é só o princípio de uma crise mais profunda. ainda ontem, o caquético do alan greenspan - do alto da sua reforma - veio a público dizer que estamos na maior crise desde a II guerra mundial. sexta-feira passada, um banco mais ou menos conceituado do e no país do sheldon adelson, perdão do g. w. bush, entrou em colapso. a palavra do momento é meltdown. resta aguentar a crise. dizia-se, em Portugal, há uns tempos: "os ricos que paguem a crise". respondiam os ricos: "devem ser os pobres que são mais e já estão habituados". infelizmente serão, como sempre, os pobres a pagar uma crise de ricos.

2. tibete

tibete para aqui, tibete para ali, tibete acolá.

sem pôr em causa que os meios utilizados nem sempre foram (ou são) os mais ortodoxos, talvez seja leviano falar em invasão do tibete ou ocupação do tibete pelo exército de libertação popular em 1951.

foi assinado, nessa altura, acordo (quiçá esforçado) entre o governo central da prc e o governo local do tibete. o chamado "Seventeen Point Agreement for the Peaceful Liberation of Tibet" que legitima a administração chinesa do tibete.

considero legítimo, ainda para mais à luz dos últimos acontecimentos na europa (onde a polícia da onu é escorraçada), que os tibetanos queiram a independência tal como os kosovares, os bascos e outros povos.

mas não estarão as convulsões dos últimos dias ligadas ao certame que vai começar às 8 da noite de 8/08/08 (número auspicioso)?

3. abel(a) loja

tenho assinaturas que me permitem aceder a algumas edições electrónicas de jornais e revistas, incluindo o expresso que, na edição deste fim-de-semana, traz uma entrevista com o abel pinheiro, uma figura no mínimo obscura - para não chamar sinistra, não vão os lojistas que por aí andam, fazer das suas.

não conheço os meandros da política tuga - ainda bem!-, mas se há coisa que, como disse uma vez um nosso primeiro-ministro, "me chateia, estou farto de(...)" é a existência destas figuras e, ainda por cima, com poder por mor das influências que traficam a peso de ouro, metal de refúgio dos investidores em tempo de crise...