quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Epifania.

Os “homemsexuais” (na velha expressão que o povo cunhou), sejam eles bichas ou gays, têm afinal a mesma opinião da Igreja Católica (“IC”) no que aos temas mais polémicos diz respeito. De facto, a IC, volvidos tantos anos a apregoar a interpretação metafórica e alegórica do Livro Sagrado, vem agora dizer, pela boca do Cardeal D. José Saraiva Martins, que há que atender à interpretação literal das Escrituras. Se a Bíblia fala de Adão e Eva (e não de Adão e Ivo), é porque os “homemssexuais” não têm espaço bíblico, são anormais e não têm nada que casar. Casamento é para os heterossexuais! Ponto. Ora, por sua vez, os tais “homemsexuais”, a par da IC, são os maiores defensores do casamento heterossexual (coisa que nem os heterossexuais defendem, pelo menos os que não são padres). É que, meus amigos, sem os casais heterossexuais a procriar em barda, falta a matéria que será o objecto da próxima luta do lobbie da "Opus Gay": a miudagem. Sem miudagem, não há cá adopção para ninguém. E, a não ser que recebam a graça divina de procriar entre si, os “homemsexuais” estão lixados! O que será uma chatice, pois até o próprio Bloco de Esquerda vai ter de inflectir e meter-se na droga. É que começam a faltar temas que interessem aos bloquistas. E essas merdas das questões económicas dão trabalho e são uma maçada.

7 Comentários:

Às 5:34 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Muito bem VICI!! Bom post. Acabaste por bater em todos, homensexuais, padrecos e comunas. Esuqeceste foi os "sapatões"...

 
Às 7:28 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Muito bem visto..

 
Às 7:42 da tarde , Blogger VICI disse...

Não as esqueci. Não pretendi foi falar delas... ;)

 
Às 9:57 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Concordando ou não! A igreja tem o direito de dar a sua opinião, que nem poderia ser outra.Já agora o seu post aborda muito bem o assunto.Abraço

 
Às 1:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

o Estado deve assegurar a liberdade de escolha de cada cidadão. Em tudo. De cada um casar (ou não casar) com quem quer e lhe dá na gana, independentemente do sexo, da raça, da religião ou da deficiência física; de comer rissóis, independentemente de serem cozinhados na cada da D. Albertina, sem que tenha de ser feita prova de que ela lavou as mãos depois de ter ido à casa de banho, como ASAE pretende; de abortar ou não abortar; de fumar ou não fumar. O Estado não deve decidir o que cada cidadão deve ou não fazer. Apenas deve assegurar que a liberdade de escolha garantida a cada cidadão não prejudica o vizinho do lado. Sou um liberal à moda antiga, como diria o Francisco.

Tomás Vasques
http://hojehaconquilhas.blogs.sapo.pt/873536.html

 
Às 2:05 da tarde , Blogger VICI disse...

Caro Tomás,

Longe de mim (e creio poder afiançar que falo em nome de quase todos os que aqui opinam) defender o contrário. A liberdade de escolha dos cidadãos é um valor fundamental. Nem sequer o que aqui escrevi pretendia dar outra ideia e não foi esse o intuito que me orientou.

Porém, se me permite, não vejo é a liberdade de escolha como um valor absoluto. Mas isso ficará para outras postas.

Obrigado pelo contributo.

 
Às 11:42 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Um poste muito bem escrito sobre uma questão que ainda vai dar mt que falar..Abraço

 

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