Epifania.
Os “homemsexuais” (na velha expressão que o povo cunhou), sejam eles bichas ou gays, têm afinal a mesma opinião da Igreja Católica (“IC”) no que aos temas mais polémicos diz respeito. De facto, a IC, volvidos tantos anos a apregoar a interpretação metafórica e alegórica do Livro Sagrado, vem agora dizer, pela boca do Cardeal D. José Saraiva Martins, que há que atender à interpretação literal das Escrituras. Se a Bíblia fala de Adão e Eva (e não de Adão e Ivo), é porque os “homemssexuais” não têm espaço bíblico, são anormais e não têm nada que casar. Casamento é para os heterossexuais! Ponto. Ora, por sua vez, os tais “homemsexuais”, a par da IC, são os maiores defensores do casamento heterossexual (coisa que nem os heterossexuais defendem, pelo menos os que não são padres). É que, meus amigos, sem os casais heterossexuais a procriar em barda, falta a matéria que será o objecto da próxima luta do lobbie da "Opus Gay": a miudagem. Sem miudagem, não há cá adopção para ninguém. E, a não ser que recebam a graça divina de procriar entre si, os “homemsexuais” estão lixados! O que será uma chatice, pois até o próprio Bloco de Esquerda vai ter de inflectir e meter-se na droga. É que começam a faltar temas que interessem aos bloquistas. E essas merdas das questões económicas dão trabalho e são uma maçada.
7 Comentários:
Muito bem VICI!! Bom post. Acabaste por bater em todos, homensexuais, padrecos e comunas. Esuqeceste foi os "sapatões"...
Muito bem visto..
Não as esqueci. Não pretendi foi falar delas... ;)
Concordando ou não! A igreja tem o direito de dar a sua opinião, que nem poderia ser outra.Já agora o seu post aborda muito bem o assunto.Abraço
o Estado deve assegurar a liberdade de escolha de cada cidadão. Em tudo. De cada um casar (ou não casar) com quem quer e lhe dá na gana, independentemente do sexo, da raça, da religião ou da deficiência física; de comer rissóis, independentemente de serem cozinhados na cada da D. Albertina, sem que tenha de ser feita prova de que ela lavou as mãos depois de ter ido à casa de banho, como ASAE pretende; de abortar ou não abortar; de fumar ou não fumar. O Estado não deve decidir o que cada cidadão deve ou não fazer. Apenas deve assegurar que a liberdade de escolha garantida a cada cidadão não prejudica o vizinho do lado. Sou um liberal à moda antiga, como diria o Francisco.
Tomás Vasques
http://hojehaconquilhas.blogs.sapo.pt/873536.html
Caro Tomás,
Longe de mim (e creio poder afiançar que falo em nome de quase todos os que aqui opinam) defender o contrário. A liberdade de escolha dos cidadãos é um valor fundamental. Nem sequer o que aqui escrevi pretendia dar outra ideia e não foi esse o intuito que me orientou.
Porém, se me permite, não vejo é a liberdade de escolha como um valor absoluto. Mas isso ficará para outras postas.
Obrigado pelo contributo.
Um poste muito bem escrito sobre uma questão que ainda vai dar mt que falar..Abraço
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