Retrato de uma geração?
Se há uma semana me falassem de um tal de Angélico, não saberia dizer quem era. Hoje, obviamente, já não posso dizer a mesma coisa. A cobertura mediática e as notícias “ao minuto” varreram os jornais, de montante a jusante. Tivemos de tudo à porta do S. António: miúdas giras de silicone à espreita e vestidas como se estivessem na discoteca da esquina; rapazolas musculados e de penteados extravagantes, inundados de soberba; e adolescentes confusas, de mãos dadas, a entoar canções do ídolo que definhava lá dentro. No meio disto tudo, sobravam os familiares do rapaz, que tiveram que levar com toda esta fantochada mediática. Se fosse mauzinho, teria de apelidar a coisa de devassa da vida privada... Enfim, no acidente de que tanto se fala, dois jovens perderam a vida e uma outra adolescente encontra-se em estado muito grave. É um momento de grande dor para as famílias das vítimas mortais. Tal como o é para as famílias das outras 800 vítimas que anualmente encontram a morte nas estradas da Tuga (2600 na década de 80). Só espero que as campanhas sobre o uso do cinto de segurança saibam utilizar este trágico acidente de forma a evitar outras mortes - pelo menos entre os mais jovens. No entanto, a postura e a futilidade daquela deslumbrada malta jovem que se via cirandar à porta do hospital fazem-me duvidar do sucesso de qualquer campanha de prevenção. Pode ser que esteja enganado.
6 Comentários:
È sempre de lamentar a morte e em jovens ainda mais, mas realmente o excesso de velocidade (ao que dizem levava cinto de segurança), é muito preocupante. No resto concordo plenamente consigo, ou seja tudo o que os familiares deviam querer era paz e não aquele aparato á porta do hospital.
Triste a morte, triste o excesso de noticias, triste a outra moça que também luta contra a morte...e ninguém fala..enfim, mais nada a dizer!
Triste a notícia! Mas há que realçar o enorme desrespeito da comunicação social, bem como das "chamadas revistas cor de rosa".Os senhores que dirigem as redacções deveriam refletir sobre o que se está a passar com este fenómeno. O Caso Angélico é apenas mais um a somar a tantos outros..
Coitados também dos outros que iam no carro! Não há cordões de luz, ou sentimentos de angustia? O outro que morreu? A rapariga que está em coma? A comunicação social nem o nome mencionou. Os que diáriamente ficam nas estradas? Simples..não são vedetas.Triste comunicação social a que temos!!!
À que lamentar a morte de 2 jovens,a situação rapariga em coma! Mas a fama deve se falada para o bem e para o mal, está implicita na profissão. Que a foi de uma grande irresponsabilidade conduzir o carro sem seguro(com excesso de velocidade)não pode ser abafada, só porque se trata de alguém que a rapaziada "achava o máximo"..
os tugas gostam dar nas vistas, foi pena o angélico nem os familiares, principalmente a mãe não mereciam isto, nem ele que era mesmo fixe, hoje felizmente que no funeral foram tomadas as medidas necessário para respeitarem o fim de alguém para o qual ninguém se livra, aprendam a sofrer no silêncio o qual a morte deixa...
kota
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