Nicolas Sarkozy

Nicolas Sarkozy define-se como um modernizador e defende uma ruptura com a tradicional elite do poder Francês.Como ministro do Interior e líder do partido no Governo UMP, de centro-direita, Sarkozy dividiu opiniões em França por, entre outras coisas, adoptar uma política mais dura em relação à imigração.Numa das suas polémicas declarações, descreveu jovens delinqüentes dos subúrbios de Paris como racaille, ou "ralé".O comentário - feito antes dos choques nos subúrbios, em 2005 - incentivou alguns críticos a colocar Sarkozy na mesma categoria do líder de extrema-direita Jean-Marie Le Pen, também candidato à Presidência.Enquanto ministro, Sarkozy, de 52 anos, aprovou medidas para enfrentar a imigração ilegal, incluindo deportações, e para integrar imigrantes mais qualificados à sociedade francesa.Também defendeu a discriminação “positiva” para ajudar a reduzir o desemprego entre os jovens. Na opinião de um de seus biógrafos, Nicolas Domenach, uma de suas principais influências políticas não é francesa, mas britânica.
Filho de um imigrante húngaro e uma francesa de origem greco-judaica, Sarkozy foi baptizado segundo a fé da Igreja Católica Romana e cresceu em Paris. Casou-se duas vezes e tem três filhos.Com um percurso diferente daquele que tem sido o da maioria da classe dominante em França,não freqüentou a École Nationale d'Administration, mas cursou Direito.
Sarkozy foi Presidente da Câmara de um rico subúrbio de Paris, Neuilly, de 1983 a 2002, e então foi escolhido ministro do Interior.
Ocupou ainda a pasta das Finanças por um breve período, em 2004."É hiperativo, ambicioso, viciado em trabalho, nunca descansa", disse Anita Hausser, que escreveu uma biografia dele e é editora política do canal francês LCI.
Inicialmente, Sarkozy foi um protegido do presidente Chirac.No entanto, os dois cortaram relações de forma drástica, quando Sarkozy apoiou um adversário de Chirac nas eleições presidenciais de 1995.
Oficialmente, Chirac apoiou Sarkozy nestas eleições.O candidato, que foi contra a guerra no Iraque como Chirac, já mostrou também ter fortes tendências protecionistas, destinando fundos estatais a uma companhia francesa com problemas financeiros, a Alstom