JO em hong kong... não é para todos
sem que sejam necessárias explicações do porquê, andei quase duas semanas a tentar arranjar um bilhete para o concurso completo de equitação de preparação dos jogos olímpicos do próximo ano que teve e tem (hoje ainda dura) lugar na região administrativa especial de hong kong até ao dia de hoje visto que teve de ser adiado (um dia) por mor do mau tempo que se fez sentir na sexta-feira aqui no delta do rio das pérolas.
o concurso completo de equitação é uma das disciplinas olímpicas da modalidade equestre.
é composta por três provas que são disputadas em três dias diferentes: o ensino (dressage na sua formulação francófona original), prova de campo (conhecida por cross country na formulação anglo-saxónica) e saltos de obstáculos (se preferirem, show jumping).
é, para o que vos escreve, e com algum conhecimento de causa, a modalidade mais espectacular.
quem nunca galopou pelo campo por vezes a 600 metros por minuto, com obstáculos variados, modestamente, perdoem-me a ousadia, não sabe o que é montar a cavalo.
é nesta modalidade de concurso completo que a dialéctica cavaleiro/cavalo melhor se expressa e em que a simbiose tem de ser (quase) perfeita.
no primeiro dia decorre a prova de ensino em que cavaleiro e cavalo, se quiserem cavalo e cavaleiro, executam vários exercícios pré-definidos num picadeiro descoberto com duas medidas possíveis (40mX20m ou 60mX20m); nesta, o grau de ensino do cavalo vem ao de cima e, como rezava um dos meus Mestres, Cor. Vasco Ramires, é nesta prova que se ganha o Concurso Completo!
no dia seguinte, disputa-se a prova de campo (vide imagem supra) em que a generosidade do cavalo, a sua destreza e resistência, aliadas à coragem do cavaleiro (e não raras as vezes, à sorte), desempenham os papéis principais.
ao terceiro dia (sem ser conforme as escrituras), os conjuntos que passaram o teste decisivo do dia anterior, disputam uma prova de obstáculos; esta prova pouco ou nada altera, servindo sobretudo para avaliar a condição física dos equídeos (e dos ginetes) depois da desgastante jornada do dia anterior.
ora, depois de 4 mensagens de correio electrónico (nunca respondidas), três telefonemas (sem sucesso) e alguns desabafos à organização, não consegui bilhete, nem tão pouco saber onde estavam disponíveis para o público.
se é este o cartão de visita de hong kong (e de pequim) para as provas do próximo ano, talvez seja melhor ver na TVB em vez de ir matar saudades in loco.
será por eu ser de Macau e de começar a existir alguma má vontade para com esta região administrativa especial, ali nos vizinhos, vide south china morning post de hoje?
4 Comentários:
Caro santiago,
Não posso opinar muito sobre esta posta. Pouco sei de equitação e só uma vez andei nessas aventuras (e tão cedo não me meto noutra).
O que me parece grave é a (des)organização da prova. Não sei se há má-vontade, mas parece-me que há alguma petulância.
Abraço!
P.S.: Vê lá é se arranjas bilhetes para o ténis.
Santi, espero que para as provas à séria não tenhas o mesmo problema com os bilhetes!! Compra já!
o south china traz uma noticia muito interessante sobre uns tais de Ho.
O anónimo de cima ainda vai aparecer a boiar no rio das pérolas.
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