terça-feira, novembro 27, 2007

Egos feridos e a mesquinhez no seu melhor...


Vasco Pulido Valente e Miguel Sousa Tavares desavieram-se. Já lá diziam os antigos: "zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades"...

O que começou com ataques infantis, deu lugar agora a mútuos impropérios de forte pendor abrasivo e até boçal. A semana passada, VPV escreveu uma exaustiva (se não inaudita...) crónica sobre o novo romance de MST, o "Rio das Flores". Nessa análise crítica, perpassa claramente o intuito de atingir pessoalmente MST, pelo que perde objectividade e, por conseguinte, valor analítico. É óbvio que MST tem feito o mesmo a VPV, fazendo uso da sua imensa capacidade para produzir textos sarcásticos e corrosivos. No entanto, creio que ambos estão a perder dignidade com esta autêntica luta de egos feridos.

A longa crónica de 4 páginas publicada no jornal "Público", veio mostrar à saciedade como estes nossos fautores de opinião conseguem ser patéticos e mesquinhos... E que dizer de um jornal que promove esta arruaça? Quererá passar a ser considerado um pasquim de segunda?

Deixo-vos com o início do texto de VPV (se o quiserem ler na íntegra, deixem o vosso email nos comentários):

"Numa entrevista ao Expresso, Miguel Sousa Tavares contou um caso, inteiramente imaginário, da minha suposta desonestidade (teria criticado o Equador, sem o ler) e acrescentou alguns comentários desagradáveis. Como é natural, desmenti. Isto bastou para que ele anunciasse por SMS à minha mulher e, a seguir, no Diário de Notícias que "ia dar cabo de mim". Parece que, segundo o critério dele, não "deu", por esta vez, "cabo de mim". Ficou pelo insulto e pela injúria; e pela ameaça implícita de que, se quisesse, revelaria episódios da minha vida pessoal (cinco ou seis) para liquidar a minha figura pública. Nestas digressões Miguel Sousa Tavares não falou uma única vez de um livro meu ou do meu jornalismo. Excepto sobre o meu "carácter" privado, não abriu a boca. Em cinquenta anos, não me lembro de encontrar um ódio tão inexplicável. Fiquei espantadíssimo e até, num encontro de acaso, lhe tentei falar, para o ouvir e, como lhe disse, para lhe poupar no interesse dele uns tantos disparates no Rio das Flores. Não quis.Escrevo esta crítica sem prazer. Nada pior do que ler um livro mau, excepto escrever sobre um livro mau. Mas, como se compreende, não podia deixar que a brutalidade de Miguel Sousa Tavares chegasse para me calar. "

6 Comentários:

Às 5:48 da tarde , Blogger Leocardo disse...

leocardoemmacau@yahoo.com

Obrigado!

 
Às 6:14 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Quem semeia ventos...(colhe tempestades)..Abraço

 
Às 6:53 da tarde , Blogger VICI disse...

Vou enviar-lhe ainda hoje.

Abraço.

 
Às 12:27 da manhã , Blogger isabel disse...

não consegui ainda ler a crónica do V.P. Valente sobre o livro do M.S.Tavares.Srá que me podia enviar?
obrigada

 
Às 3:58 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

De um ex-residente macaense, muito agradecia o envio dessa tão falada crónica que não consegui obter:

ammalmeida@netcabo.pt

Obrigado

António Almeida

 
Às 5:58 da manhã , Blogger isabel disse...

afinal continuo sem conseguir ler a crónica do V.P,V.publicada no Público.....não há por aí uma alma caridosa?

 

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