Coimbra
Esta vai dedicada ao Xô Zé, ele que tanto gosta de cantorias.
Coimbra é uma cidade pequena, provinciana, parada no tempo. Não tem a sofisticação de Lisboa nem o sucesso desportivo do FC do Porto; já no que tange a tradição estudantil é - talvez graças a esse provincianismo -, única. E é muito (mal) imitada por todas as outras academias. Quem estudou na Universidade de Coimbra percebe o que eu vou dizer (e os que noutras paragens estudaram por favor não se ofendam): não consigo deixar de sorrir sempre que vejo as várias tunas, os dux, as fatiotas, as queimas e as demais patuscas manifestações praxistas da rapaziada do Porto, Lisboa ou Vila Real.É que as comparo logo mentalmente com fenómenos de massas formidáveis como a serenata monumental da queima das fitas de Coimbra, em que as gentes da cidade e das vilas e aldeias dos arredores vão - desde há décadas e décadas! - em romaria ver os estandantes cantar.
VICI, You know what I´m talking about.
18 Comentários:
Xô Caniggia, grande posta!
Obrigado por esta viagem no tempo!
Confesso, inclusivé, que fiquei com uma lagrimazita no canto do olho (é favor não confundir com a música daquele gajo que foi atleta do SLB e depois enveredou pela cantoria)...
Abraço!
Muito bem.
A viagem no tempo, para mim, é mais curtinha. Mas não menos dolorosa.Estive, inclusivamente, nesta serenata (o meu ano de carro).
Só quem vive é que sabe.
Só quem vive é que o percebe.
Vou cometer uma pequena inconfidência:
Tenho um grande amigo que chorava "que nem uma Madalena" sempre que um outro (agora juíz) tocava esta música nas saudosas noites de tertúlia da velha Coimbra.
Quando terminámos o curso (ou quase a terminar), o agora juíz escreveu nas fitas de curso do amigo a que me refiro algo do género: "Que sempre que chores na vida seja por causa de insensíveis como eu!"
Lembraste? ;)
Uma seca, Coimbra.
olha, algumas imbejosas da portucalense, da catolica, da lusiada, etc comecam a manifestar sensacoes ao nivel do cotovelo . . .
Confesso que também não consegui conter uma lágrima no canto do olho...
Obrigado!!!!!!
Aquele abraço,
NB
Noites de queima e espirito académico...dou o braço a torcer..nada se compara a Coimbra...vivi as duas realidades..começei o curso em Coimbra...e terminei em Lisboa..
Já a música diz...Coimbra tem mais encanto na hora da despedida!Abraço..A.Pires
Detesto tunas!!! Fanfarrões. Acho tribal!
Ao anónimo anterior..tem o direitode não gostar,agora chamar Fanfarrões...Tente viver com o que gosta e o que não gosta ou... Vá viver para uma caverna..
"o Hilário disse um dia....."
"eu quero que o meu caixão tenha uma forma bizarra a forma de um coração a forma de uma guitarra..."
Pois é diz ele e diz quem passou por todas estas vivências académicas.... que deixam lágrimas e uma saudade tão boa de se sentir....seja lá em que faculdade for...
Bjokas
Jokas aos saudosos
Nunca dei grande valor aos "despiques" entre academias pois cada uma terá as suas valias (outras nenhumas) e certamente cada um dos seus membros irá defender acerrimamente (às vezes cegamente) a sua academia. Obviamente que cada um "veste a sua camisola".
Agora, pese embora a antiguidade e toda a boa aura criada em torno da academia de Coimbra, considero que em alguns dos campos referidos – tunas, grupos de fados, dux fatiotas, queimas e demais – outras academias já conseguiram, seriamente, suplantar a de Coimbra nos últimos tempos. Só quem não tinha a oportunidade de comparar e vivê-lo é que não via (eu ainda vi)...
Mas esta discussão hoje já faz pouco sentido uma vez que o “espírito académico” e suas mainfestações simplesmente são cada vez mais residuais nas grandes academias e são, sobretudo, algo apenas alimentado por pequenos pólos de “academias” (se é que reúnem espectro para tal) recentes.
Lembro que antigamente ainda havias os tristes do “MATA” e outros movimentos do género... hoje já nem estes tem actividade porque “já há poucos do lado de lá”. Os interesses e objectivos dos jovens estudantes são outros, ninguém acha que deve “perder” tempo com grupos e manifestações da academia. Os cursos são mais pequenos, o futuro mais competitivo e exigente está a caminho” e dizem ser melhor aproveitar os tempos de faculdade com “morangadas e floribelas”, playstations e umas bebedeiras em festas académicas (em discotecas...) e nas queimas (que de académico já não tem nada, nenhuma delas).
E será assim que se vão preparando as gerações do futuro, pouco dadas ao esforço colectivo que não traga um benefício ou prazer pessoal e imdeiato.
Acabou o “dura praxis, sed praxis” e passou ao “aut ego, aut nihil".
Xô PT, em grande! Para quando uma posta deste nível? ;)
Seja como fôr, a música desperta um enorme saudosismo daqueles tempos, sem dúvida...
Obrigado, Cannigia!
É um filme com o Pandeireta?
independentemente do que umas sejam melhores que outras, sabemos que Coimbra é Coimbra. Talvez pelas suas longas tradiçoes, concorde-se ou nao!
Nao acho que Coimbra tenha parado no tempo. Acho que é fruto dos tempos. Afinal Portugal nunca foi mais que Lisboa ou Porto.
e a lagrinha tambem saltou.. Coimbra, com mais encanto na hora da despedida
lindo!!!! chorei!!!!!!!!!!
Nasci em Viseu. Em Coimbra me fiz homem e hoje com 50 anos vejo que a internet me reaviva. O meu filho mais novo esta la e so espero que um dia chore com tanta saudade como eu. OBRIGADO!
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