quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Queimar ou não queimar.


Vladimir Nabokov foi um dos mais marcantes novelistas do século passado. Entre outras obras, deixou-nos "Lolita". Morreu em 1977.

Hoje, passados 31 anos da sua morte, abre-se um debate que tem dividido a opinião pública mundial e, em especial, a classe literária. Ora, Nabokov deixou uma última obra que se encontra guardada num cofre de um banco na Suíça. Poucos tiveram acesso ao livro. Os que tiveram, dizem tratar-se da sua obra maestra.

Acontece que, antes de falecer, Nabokov ordenou que o manuscrito fosse destruído. O seu filho, Dimitri, está ante um dilema...

Será que se deverá respeitar o último desejo do autor do manuscrito? Ou será que a obra passou a possuir um interesse que transcende o mero desejo individual do seu craidor?

6 Comentários:

Às 6:49 da tarde , Blogger Leocardo disse...

É nesta altura que fazem falta programas televisivos do calibre de "Você decide"!

 
Às 7:22 da tarde , Blogger VICI disse...

Caro leocardo,

Se me permite, não me parece que a questão possua a frivolidade que lhe pretende transmitir.

A literatura, como um dos expoentes máximos da actividade criadora do ser humano, é dos mais relevantes legados que podem ser deixados às gerações vindouras.

Não gostaria de imaginar que, por exemplo, "Os Maias", não nos haviam chegado às mãos porque um Eça moribundo houvesse pedido que o livro fosse queimado.

Não se trata, a meu ver, de uma discussão fútil ou insípida!

Trata-se, isso sim, de decidir se uma obra de um escritor de imenso valor, a partir do momento que está terminada, não merece ser veiculada independentemente da sua vontade.

Tenho para mim que a vontade individual deve fenecer ante um interesse superior (que o seja comprovada e objectivamente). Opiniões...

Abraço!

 
Às 12:56 da manhã , Blogger Leocardo disse...

Claro, nem foi minha intenção trivializar a questão. E se quer mesmo saber o que acho, penso que a obra do Nabokov deve ser publicada. Imagine-se que Gustave Eiffel exigia, no seu leito de morte, que a torre a que deu nome fosse destruída? Foi como disse e muito bem, o artista morre, a obra fica.

Cumprimentos.

 
Às 11:30 da manhã , Blogger VICI disse...

Leocardo,

Interpretei mal as suas palavras. Obrigado pelo esclarecimento. Estou de acordo consigo.

Abraço.

 
Às 12:40 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Caro Vici,

Segundo 'inside information' o tal "livro" depositado não passa de uma declaração da qual consta que o "Lolita" não passa de um plágio inadmissível do livro "Matavam as freiras grávidas" de Eurico A. Cebolo, um romancista e músico português do Séc. XX.

"Diz o vento" que o filho vem agora inventar essa "vontade" de seu pai para destruir o "livro" uma vez que do Lolita ainda dá para receber umas "coroas" de direitos de autor...

Aliás, "diz o povo" que há quem diga mesmo que o filho nem sequer é dele e foi comprado nos anos 60 a uns ciganos a caminho de Bordeus.

Ass.
O intriguista internacional

 
Às 6:33 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Eu sou a favor da publicação!
Se o Senhor assim não quisesse tivesse deixado algo escrito (que ele fazia bem como o caraças).

P.S: se os senhores da foto (e desculpem a minha ignorância) são o pai e o filho em questão, então isso é mesmo fofoca!A parecença é brutal!

Vici: "fenece", "frivolidade", "insípida"... Que bem se escreve por aqui!

 

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