FCP.

Hoje, 2.45 da madrugada, hora de Macau, o FCP enfrentou o Manchester United. Resolvi dar uma vista de olhos. Liguei a televisão e vi uma primeira parte frenética, com o FCP a jogar solto, com uma equipa ofensiva e a deixar o Manchester United em sentido. Ao intervalo, o resultado era de 1-1, mas não seria surpreendente (nem injusto) se o FCP tivesse ido para os balneários a vencer. Entretanto, o cansaço levou a melhor e não consegui ver a segunda parte do jogo. Constatei há pouco que a segunda parte foi dominada pelo Manchester, mas que o FCP nunca se encolheu e acabou por arrancar um empate a 2 bolas. Ferguson reconheceu a justiça do empate e Van Der Sar referiu que o resultado só seria surpresa para os mais desatentos. Ora, eu, mero aficcionado da redondinha, concordo inteiramente. Com Ferguson, pois que devemos sempre concordar com os mais velhos; com Van Der Sar, pelas razões que de seguida explicarei.

Com efeito, ao contrário do que diz MST desde o início da época, entendo que o FCP tem uma equipa extremamente equilibrada. Faltava um bom defesa-esquerdo, problema que foi colmatado com a chegada de Cissokho. O FCP tem, seguramente, 13/14 jogadores de grande nível. Assim, para que pudesse fazer um bom resultado, bastava que Jesualdo Ferreira não inventasse e não entrasse em campo com receio do adversário, isto é, que jogasse com os melhores e de forma ofensiva. Felizmente, desta vez, Jesualdo Ferreira não teve medo de ser feliz e o resultado está à vista de todos: um jogo tremendo da equipa portuguesa!

Por outro lado, temos o Manchester United. É uma equipa idolatrada e incensada, mas, será assim tão forte? Julgo que é muito forte, mas não tanto quanto a comunicação social quer dar a entender, principalmente quando tem algumas unidades importantes lesionadas (como é o caso de Berbatov e Ferdinand). Vejamos: tem um lateral direito que defende bem mas ataca mal e, principalmente, tem graves deficiências no capítulo técnico; os centrais não são mais do que razoáveis; também o seu meio-campo é excessivamente pesado e sem rasgos de classe, nomeadamente Fletcher e Carrick; Park é um jogador banal. Acresce que os jogadores que mais marcaram as últimas décadas do United e que, para todos os efeitos, ainda são o cérebro e a alma da equipa estão em final de carreira: Scholes e Giggs. Tudo isto conjugado, juntando Hulk e Rodriguez endiabrados, Hélton seguro e Fernando em grande forma, e estava visto que o FCP ía fazer um grande resultado.

Falta o segundo jogo da eliminatória, no Estádio do Dragão. Estou convencido que o FCP vai seguir em frente. Sugestões? As mesmas. Equipa coesa e ofensiva, sem medo do adversário. Basta que Jesualdo Ferreira deixe Hulk e companhia jogarem o que sabem.