O mundo em português - VI.

Em baixo, poderão encontrar imagens da bela Lourenço Marques, hoje Maputo.

Lourenço Marques foi a capital da antiga província ultramarina de Moçambique, entre os anos de 1898 e 1974 – logo a seguir à Ilha de Moçambique, que foi a primeira capital da ex-colónia. O seu nome deveu-se a um explorador e comerciante português do século XVI.

Possuía – e ainda possui – enormes avenidas e, para muitos, o seu traço arquitectónico é o mais belo e funcional de todas as cidades africanas.

Cidade vaidosa, foi apelidada de “Cidade-Feitiço” e “Cidade das Acácias”. De uma beleza ímpar, ainda é uma das pérolas do Índico.

Apesar de maltratada nas últimas décadas, continua a cativar quem por lá passa. A toponímia mudou, o lixo invadiu estradas e passeios, a degradação dos prédios aumentou, mas o seu espírito livre e místico mantém-se intacto.

A talho de foice, diga-se que o "Monstro Sagrado" nasceu na ilha defronte de Lourenço Marques (Ilha da Inhaca) e o "Pantera Negra" nasceu no bairro da Mafalala. José Craveirinha, o maior poeta moçambicano, igualmente nasceu nesta bela cidade, corria o ano de 1922. Por incrível que pareça, também foi aqui que um tal de Otelo viu pela primeira vez a luz do dia...