Ida.

Em 1983, perto de Frankfurt, descobriu-se um fóssil com 47 milhões de anos. Na altura não se deu grande relevância ao achado, mas agora, volvidos mais de 25 anos, parece estar a chegar-se à conclusão de que se trata de um antepassado dos macacos, humanos e outros primatas. Na verdade, a descoberta tem sido apelidada de "extraordinária", pois poderá tratar-se do elo perdido que une estes primatas superiores (incluíndo os humanos) a muitas outras espécies. O fóssil em questão, com cerca de 66 centímetros de altura, foi identificado como sendo de um primata do sexo feminimo que teria morrido com cerca de 9 meses de idade. Acreditam os cientistas que a primata pré-histórica terá caído e partido o pulso, acabando por se afogar no Lago Messel, no leito do qual foi preservada até à sua descoberta. Não deve ter sido agradável. Ora, perante tão desventurado fado, o Dr. Jorn Hurum, do Museu de História Natural da Universidade de Oslo, com a sensibilidade que tão bem caracteriza os paleontólogos, decidiu baptizar o fóssil de Ida, o nome da sua filha caçula. Amor de pai é isto mesmo.