Kokomo.
Para os amantes do desporto, informo que hoje temos a final feminina do Open da Austrália. Mais logo, madrugada de Macau, transmissão em directo do SLB-Rio Ave. Amanhã, mais uma batalha épica entre Federer e Nadal.
Sobre Macau e não só ...
O acordo ortográfico está prestes a entrar em vigor. Continuo com algumas dúvidas quanto à sua oportunidade, aplicabilidade e, sobretudo, quanto à sua pertinência. Como tal, por uma vez, gostaria de ver os que supostamente deveriam dominar o tema opinar publicamente e esclarecer-nos a todos. Envolto nestas cogitações, pensei: “Quem melhor do que os professores para esclarecer a malta? Bom, só mesmo os professores de português.” Apesar de, à primeira vista, parecer uma conclusão exagerada, creio que os profs poderiam ser de alguma utilidade. Talvez quando acabarem as manifs e as greves comecem a fazer o seu trabalho. A malta aguarda pacientemente e agradece antecipadamente.


CR7, o rapaz que nasceu na terra do JJ, que começou a jogar futebol no C. F. Andorinha e que se transformou em acrónimo, venceu ontem o título de melhor jogador do mundo. Cristiano, durante 2008, à excepção do Europeu, venceu as mais importantes provas colectivas e acabou por vencer todos os títulos individuais referentes ao futebol. E julgo que o mereceu! Porém, mais do que uma machadada nas aspirações de Messi ou Káká, a vitória de CR foi cruelmente demolidora para os profetas da desgraça da Tugalândia (e não são poucos). De facto, no ano transacto - em 2007 -, CR ficou em terceiro na corrida para melhor jogador de futebol do mundo, atrás de Káká e Messi. Ora, imediatamente se levantaram as vozes da ira, afirmando que o “nosso” CR só não venceu porque é português. As trombetas da mesquinhice quiseram fazer crer que o inexorável estatuto de cidadão português é que limitava a ascensão do filho da terra do JJ. Faltou-lhes em objectividade, o que lhes sobrou em ignorância! Sempre tive por óbvio que CR não ganhou porque os outros tinham sido melhores que ele em 2007, como não tenho agora dúvidas que CR ganhou em 2008 porque foi melhor que os outros. E isto nada tem que ver com a nacionalidade do rapaz. Acresce que, se a questão da sua portugalidade não deverá ser aproveitada como desculpa nas derrotas, também não deverá essa condição ser agora aproveitada pelos excessos nacionalistas nas vitórias. O título de CR não é uma vitória dos portugueses. Vitória nacional seria vencer o Euro; o título agora atribuído pela FIFA é um triunfo dele, de Cristiano. E, quando muito, um triunfo do clube onde ele joga. Não há vitórias por osmose. Venceu e venceu bem, mas foi só ele...
