Como benfiquista, escusado será dizer que as últimas semanas não têm sido particularmente agradáveis. Espero, contudo, que uma vitória na Sexta-feira, sobre o porto, possa devolver segurança e estabilidade à equipa do SLB, e que esta mantenha o primeiro posto até final.
Não obstante, também tenho do futebol uma visão um tanto ou quanto romanesca, pelo que é impossível não ficar agradado com o trajecto da equipa do Braga: pela competência da direcção, do treinador (foi para mim uma agradável surpresa) e dos jogadores. Ademais, conta nas suas fileiras com um considerável número de jogadores portugueses - Quim, Custódio, H. Viana, H. Barbosa, Ukra, R. Amorim, N. Gomes -, cujo indesmentível talento nunca foi devidamente reconhecido pelos chamados grandes (aparentemente preferem continuar envolvidos em espúrias negociatas sul-americanas), nem sequer pelos seleccionadores nacionais (não compreendo como é que, quando menos, Quim, Custódio, H. Viana e H. Barbosa não foram incluídos na mais recente convocatória). A esta lista junta-se uma série de jogadores brasileiros experientes e de grande valor (como Salino, Mossoró, Alain e Lima). É caso para dizer que, se fosse nos Estados Unidos, esta bela história de competência e arrojo daria um filme (veja-se o caso do "Moneyball"), com Brad Pitt a fazer de N. Gomes e Mark Wahlberg no papel de H. Barbosa.
Ou seja, com pezinhos de lã, uma grande equipa de futebol nasceu no Minho.