MACA(U)quices
Sobre Macau e não só ...
sexta-feira, outubro 30, 2009
É fartar vilanagem
Hola!
Procurava com uma Vara a melhor sucata para ficar Go(r)dinho.
A Judite ouviu e já veio dizer que não são permitidas touradas à Vara larga no meio de reservas de Penedos.
O Godinho ficou rico a sucatar mas tudo indica que agora irá ter a Face Oculta nos calabouços a mais o Armando, os Penedos e sabe-se lá quem mais.
RENnie, REFERenciados, G(o)ALPadas.
É fartar vilanagem no PS (País a Saque). E quem se Vara é o Zé Povinho.
Que te vaya bien!
quinta-feira, outubro 29, 2009
Astérix.
quarta-feira, outubro 28, 2009
Eleições.
terça-feira, outubro 27, 2009
sexta-feira, outubro 23, 2009
Até breve, Camaradas
Amanhã, segundo rezam as crónicas e tem sido difundido pelos faxes de alguns escritórios de Macau, um dos que aqui vos anima, deixará a RAEM, juntamente com a sua mais que tudo.
Só estou aqui há 6 meses e já vi alguns escolherem outras paragens.
Mas faço agora um exercício de imaginação e penso que sou um dos que já cá está a caminho dos 8 anos (ou mais).
Desde essa altura que já vi partirem muitos. Alguns que, em abono da verdade, fazem cá tanta falta como uma guitarra num enterro. Mas, há outros, como os que agora vão, que nos suscitam um sentimento de vazio. Não que estivesse diariamente com eles. Nada disso. E nem é de perda que falo, porque, caramba, não vão para a guerra. No entanto, já fazem parte de nós. Pela alegria, boa disposição, inteligência, forma de pensar, modo de estar, capacidade profissional, sentido de humor. Tudo atributos que, segundo me dizem, são comuns a um casal que fará falta a esta territa. Infelizmente nunca se proporcionou conhecê-los.
Quando, neste meu exercício de suposição, penso nos que já criaram raízes na região, chego à conclusão de que tudo isto é uma passagem e apetece-me dizer: Até breve, Camaradas.
Que te vaya bien!
Quando falta algo de útil para fazer...
(AIM)AFRICAN EYE/SG/DT"
quinta-feira, outubro 22, 2009
quarta-feira, outubro 21, 2009
I don't really like my job!
Depois não te queixes...
terça-feira, outubro 20, 2009
Portugal - Bósnia
segunda-feira, outubro 19, 2009
CAN 2010.
sexta-feira, outubro 16, 2009
Etienne Daho.
quinta-feira, outubro 15, 2009
Play-off.
quarta-feira, outubro 14, 2009
Portaria 1226/2009
(Antes de mais uma justificação pela ausência nestas duas últimas semanas... A visita de amigos a Macau, um dia a dia mais preenchido assim como outras razões sobre as quais não interessa estar para aqui a falar assim o obrigaram.. A ver se desta mantenho alguma regularidade. Tal e qual como se costuma exigir aos jogadores da bola.)
Nunca gostei de Circo... Nem quando era petiz (gosto desta palavra). E muito menos de palhaços.. E ainda menos se estes fizessem o "célebre" número do palhaço rico e do palhaço pobre.. (aí chegava mesmo a alcançar níveis de ódio consideráveis). Mas voltando ao Circo. Ainda me lembro que há uns 25 anos fui a um (primeiro e único) de seu nome "Circo Americano" com os meus pais... Não que eles gostassem de Circo (a minha mãe por exemplo odeia). Parece-me sim que, e bem, não me queriam privar de assistir a um espectáculo que a grande parte dos miúdos da minha idade adorava. Resultado? Vim de lá a odiar ainda mais tudo aquilo. Aliás, de toda aquela experiência só me recordo de 2 ou 3 coisas e todas elas negativas. As condições do recinto deploráveis, os adereços de uma pobreza Franciscana, e principalmente os animais escanzelados com um péssimo aspecto. Sou e sempre fui muito sensível às condições (principalmente as impostas por nós) em que vivem os animais. E defendo sempre que nós os ditos racionais devemos fazer tudo para não causar qualquer tipo de sofrimento aos ditos irracionais. Claro que quanto aos trabalhadores do referido Circo, estes faziam o que podiam para sobreviver, compreendo isso mas de qualquer modo, tudo muito mau.
Vem isto a respeito da Portaria 1226/2009 (notícia aqui). Resumindo, esta exclui o Circo da lista de instituições a poderem adquirir animais tais como macacos, leões, tigres, elefantes e muitos outros.. Concordo na totalidade com esta medida. Claro que me podem dizer que há muitos que os tratam muito bem, que estamos a levar à ruina este espectáculo com muitos e muitos anos. Pois bem.. Acredito que haja muitos que os tratem bem.. Mas mesmo assim não deixam de ter animais selvagens na sua posse, completamente deslocados do seu habitat natural e certamente de algum modo inadaptados e em sofrimento. Quanto ao argumento de se terminar com uma indústria.. As coisas evoluem, as culturas evoluem e não temos hoje profissões, eventos que existiam há 50, 100, 200 anos por essa mesma razão. Atenção que isto até pode levar somente a uma reestruturação do espectáculo e essa sim aplaudiria. Aliás, a única coisa que gostava de ver por vezes na televisão eram os trapezistas, arte a que dou grande valor. Veja-se o exemplo do "Cirque de Soleil". Porque não esse rumo?
Para terminar e para que passe a acordar cada vez mais com a sensação que estou realmente no século XXI no que diz respeito aos direitos dos animais só falta entrar em vigor "outra Portaria" que defina a proibição de utilização daqueles animais normalmente pretos com cornos e que odeiam o encarnado noutro espectáculo que considero igualmente (perdoem-me os aficionados) deplorável. E acredito, por muito que custe a muitos, que será uma questão de poucos anos.
Maîte Proenca.
Circula um video na internet que tem criado muita polemica. O video refere-se ao programa brasileiro “Saia Justa” e conta com a participacao de Maite Proenca, O video em questao foi filmado em Portugal e pretende, de alguma forma, retratar um pouco dos portugueses e da sua historia. Bom, escusado sera dizer que muitos Tugas com tempo livre apressaram-se a manifestar a sua indignacao pelo conteudo do dito video. Ate Maite Proenca ja se veio desculpar publicamente, afirmando que tudo nao passou de uma brincadeira. Ora, fiquei curioso e tive de ver a preciosidade. E, sinceramente, nada vi de relevante ou especialmente ofensivo para os Tugas. Alias, eu diria que e mais do mesmo: trata-se de um programa de duvidosa qualidade intelectual e que apenas aproveita ideias consabidamente exageradas ou falsas sobre o povo portugues. O que me deixou algo entontecido foi perceber que Maite Proenca tem pouco mais do que aquela bela cara laroca. Diz uma quantidade de atrocidades incriveis durante os poucos minutos que demora o filme, e demonstra ate alguma bocalidade com a sua inopinada atitude final (cujo proposito continuo sem conseguir entender). Era apenas por isto que Maite deveria pedir desculpa: por ter desiludido os que cresceram com a sua beleza na tela da TV e que achavam que ela era uma mulher de classe.
[Escrevo hoje de um computador sem acentos.]
terça-feira, outubro 13, 2009
Diz que sim
Qualquer dia vou fazer uma viagem assim e até pode ser na Noruega:
sábado, outubro 10, 2009
sexta-feira, outubro 09, 2009
quinta-feira, outubro 08, 2009
Imigrações
Parece que foi adiada para amanhã a votação da lei sobre a contratação de trabalhadores não-residentes desta terra bonita, mas totalmente descaracterizada e à beira da perda total de identidade que a diferencia(va) de uma qualquer cidade da província de Cantão.
Fui emigrante em alguns países. Aqui, estou só de passagem mas isso não me impede de ter uma visão sobre as atrocidades que um grupo de legisladores iluminados tenta impor a pessoas de trabalho. Bem, não serão todos. Há mandriões e mandrionas. Tenho para comigo que, na sua maioria, chineses, filipinos, malaios, indonésios, nepaleses, fazem pela vida e tentam dar o melhor para serem recompensados no final de cada mês com um soldo cuja maior parte enviam para as suas famílias.
Todos eles têm uma coisa em comum comigo e com quase todos aqueles com quem me dou: nasceram noutras paragens mas, acasos da vida, trouxeram-nos para este pequeno laboratório social que é a pomposa RAEM.
A maior parte, se não 99,9% dos que vão votar a lei, apesar de até poderem ter nascido aqui, são descendentes de migrantes. De Fujian, Portugal, China, Malásia, Tailândia.
Gostava de saber, em consciência (terão?), se alguma vez se puseram na pele dos que agora vêem os seus direitos (terão?) em risco e a sua situação à mercê de novos ricos que só pensam em enriquecer à custa de seres humanos como eles.
A resposta é, quase de certeza, negativa.
A única diferença entre os povos que citei arriba e nós, e aqueles que vão votar a lei, é que tiveram o azar de nascer de uma mãe e de um pai diferentes dos nossos e daqueles que vão votar a lei, e a quem dão quase automaticamente a residência, e em países que, infelizmente, contam pouco para o campeonato da Pataca.
Aqui há dias tive oportunidade de ler, como quem lê um romance, a Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau. Pelo menos no papel vigora o princípio da igualdade entre residentes e não-residentes. Perdoem-me a ignorância, mas não me venham com a história da discriminação positiva e negativa que o princípio encerra.
Daqui desta pequena xafarica, ingenuamente pensando que algum dos senhores deputados tem tempo - o que duvido e compreendo, porquanto têm muito afazeres - para ler estas linhas, reflictam sobre as famílias que emigraram todas para esta terra e que já nem laços têm nos locais que os viram nascer ou onde nasceram os vossos antepassados.
O que aconteceria se alguém dissesse aos que vos trouxeram ao Mundo, há uns anos atrás, que tinham de ir embora e voltar seis meses depois?
Pensaram? Pois, talvez não houvesse deputados para votar.
Que te vaya bien!
Serena naked.
quarta-feira, outubro 07, 2009
Recordar Amália.
terça-feira, outubro 06, 2009
ALA que aqui vou para o Nobel
Hola!
O último livro de António Lobo Antunes (ALA), "Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra No Mar", título inspirado numa moda de Natal, alusiva aos Reis Magos, e que foi cantada nos almoços regulares de Quinta-Feira pelo Vitorino e Janita Salomé, já está nas bancas. É o penúltimo antes do “redondo” com que, segundo diz, fechará - ou não - a sua obra publicada.
Segundo ALA, é difícil fazer melhor do que aquilo. Assim, sem as falsas modéstias, que, muitas vezes, ouvimos por aí. ALA, ao decidir ser escritor, fê-lo para ser o melhor, e já proferiu frases curiosas, como esta: "Houve partes de 'Ontem Não te Vi em Babilónia' que me pareciam ditadas [por um anjo]".
Numa outra publicação também recente, e que tive oportunidade de ler num lampejo durante os recentes feriados, por ocasião do Dia Nacional da República Popular da China, João Céu Silva entrevista durante 40 horas o escritor. Aí, encontrei um ALA desconhecido. Despido e genuíno. Assaz provocador. Igual a ele mesmo, critica os pseudo-escritores, cujos livros gravitam pelas prateleiras das livrarias.
Leitura obrigatória para quem quer conhecer a vida, a obra e o modo de pensar e trabalhar do nosso único escritor vivo que, até ver, pode inscrever o seu nome no restrito clube dos vencedores do prémio Nobel da Literatura.
Caramba, se o Saramago ganhou, por que motivo o ALA não pode arrecadá-lo?
A despropósito, mas a propósito de pseudo-escritores/cronistas/fazedores de opinião, lembrei-me de uma trica de há uns anos entre o Vasco Pulido Valente e o Miguel Sousa Tavares - cujo último livro “No teu deserto”, e que, apesar de ser um “quase romance” fica ali entre a fronteira do suficiente e do medíocre – à cause de qualquer coisa passada por estes dias. Talvez a troca de galhardetes entre os Costas, Pinto e Rui, por causa de um tal de Radamel Falcão e do papel dos olheiros? Não me lembro bem. Ou por isso, ou por achar que os jornais, todos os jornais, mesmo os pasquins, devem ser fontes de informação e de opinião séria e não púlpitos privilegiados para os maus fígados e para a vingança pessoal. Até por respeito a quem os compra. Haja Deus, ou Jesus, ou qualquer Outro que satisfaça a vossa religião que ponha cobro ao baixo nível que por aí passeia, incólume, irresponsável e falsamente impoluto. Ah, lembrei-me da razão. Não são os Costas nem os jornais, coitados. Foi o civismo que, infelizmente, não tem nenhum princípio activo que possa comprar-se na farmácia.
Que te vaya bien!
segunda-feira, outubro 05, 2009
Celebrar os JO no Brasil com texto de FF.
Já o seu filho, Pedro de Alcântara, adoptou a terra onde chegou aos oito anos, a ponto de ter dado o grito de Ipiranga - protagonizando a bizarria de, sendo príncipe herdeiro do país colonizador, ter escolhido ser o libertador do país colonizado. Foi Imperador do Brasil durante nove anos e foi Rei de Portugal por sete dias. A sua preferência há de entender-se por uma frase, da época, que foi escrita por um jornalista também de coração balanceado, Hipólito José da Costa, redactor do Correio Braziliense, que em 1822, quando o Brasil se tornou independente, escreveu: "Em ser feliz é que consiste a verdadeira liberdade."
Anteontem, levantei dinheiro numa caixa multibanco junto ao meu jornal, demorei-me ainda a fazer uma transferência e quando recolhia o cartão percebi que uma rapariga esperava que eu lhe desse lugar. Pedi-lhe desculpa, e ela disse-me, feliz: "Imagina..." O meu jornal é em Portugal, de onde a felicidade da rapariga e a sua pronúncia manifestamente não eram. Mais tarde, vi o Presidente dela chorar como um perdido porque tinha encontrado a felicidade: o Rio de Janeiro vai sambar com as argolas olímpicas. Por isso, ando há dois dias derretido. Confesso, em assunto do Brasil, sou do tipo Imperador D. Pedro.
E tão excessivo que tenho uma proposta para o próximo Governo português. Não, não falo de caras, falo de pastas. Portugal precisa de um Ministério para os Assuntos do Brasil - totalmente dedicado a lembrar o óbvio. O Brasil é parte de nós, e nós não queremos muito, queremos muitíssimo: que isso não caia no esquecimento.
As modinhas pernambucanas começaram por ser açorianas, as fronteiras brasileiras do Norte foram garantidas pelo Marquês de Pombal, os azulejos de São Luís do Maranhão são azulejos, o café de São Paulo foi roubado à Guiana francesa por um contrabandista português e, com um ano, Maria do Carmo Miranda, do Marco de Canaveses e ainda não Carmen, foi viver para um sobrado na Rua da Misericórdia, no Rio, com traça igual aos casarões do Funchal. Ah, e embora incapaz de reproduzir a doçura daquele "imagina...", entendi-o.
Algum futuro comum havemos de encontrar com tanto passado. Afinal, os holandeses só estiveram 37 anos no Recife (e há que descontar o tempo dedicado destruindo Olinda) e ainda hoje se ouve esta exclamação: "Ah, o Brasil holandês!" Se me dão licença, volto a escrever a frase da minha crónica de ontem: "O Rio é a primeira cidade fundada por portugueses que é sede de uns JO." Por isso os pulos que eu dei anteontem não foi por outros, foi por mim. "