MACA(U)quices
Sobre Macau e não só ...
quinta-feira, setembro 30, 2010
Leão de calças de ganga.
quarta-feira, setembro 29, 2010
Os críticos.
terça-feira, setembro 28, 2010
Pensamento do dia (via correio electrónico)
"Quando uma mulher fica grávida, as amigas fazem-lhe carícias na barriga e dizem 'parabéns', mas ninguém apalpa os tomates do marido e diz "excelente trabalho".
segunda-feira, setembro 27, 2010
quarta-feira, setembro 22, 2010
Uma aula como deve ser
terça-feira, setembro 21, 2010
segunda-feira, setembro 20, 2010
sábado, setembro 18, 2010
FF, no DN.
"O que insulta na recente viagem de Madaíl a Madrid é o lado pedincha da coisa. Andar de mão estendida em futebol é insuportável. Justamente porque o futebol é a mais democrática das actividades - lembrem-se de todas as Argélias que já ganharam às Alemanhas e todos os Desportivos de Chaves que já chegaram à final da Taça. Futebol é sempre assunto entre iguais, mesmo quando não é, daí a frase batida "a bola é redonda". Quer dizer, é natural que o Brasil queira ser membro permanente do Conselho de Segurança e nós, não - ele tem PIB e população em alturas onde não pairamos; mas um jogo de futebol Portugal-Brasil começa sempre em 0-0. Voltando à vaca fria: insulta-nos irmos pedir um bocadinho do treinador do Real Madrid. Mais, pedir da soleira da porta, com as abas do chapéu entre as duas mãos humilhadas, "que Vossa Senhoria o Sr. D. Florentino nos atenda", como numa aflição de caseiro da quinta em romance de Júlio Dinis. Teremos José Mourinho quando o pudermos ter, porque o pagámos, não porque outros, seja ele o Real Madrid, o pode dispensar por caridade. E pretender tirar a equipa nacional da depressão com este pedido de esmola, além de pusilânime é estúpido. Porque não soma, tira. Porque o futebol é também ganas e pundonor - e essa lição quem não a sabia já a podia ter aprendido com Mourinho, sem precisar de o implorar por dois jogos."
sexta-feira, setembro 17, 2010
quinta-feira, setembro 16, 2010
quarta-feira, setembro 15, 2010
terça-feira, setembro 14, 2010
Solidariedade.
A direcção do benfica não quer os seus adeptos nos jogos fora de casa. Quando leio coisas destas, não sei se ria se chore. Dizem os antigos que só pode dar palpite quem paga a conta. Trocando por miúdos, enquanto cada um pagar do seu bolso, quem está fora racha lenha. Enfim, pimenta no cu dos outros é refresco. Por outra banda, também poderia dizer que isto é tapar o sol com a peneira. Mas deixo de parte a sabedoria popular - que tão menosprezada tem sido. Se serve de consolo aos senhores directores e seus prosélitos, desde já garanto que, não só cumprirei à risca o que pedem nos jogos fora de casa, como irei ainda mais longe: também não pretendo desperdiçar o vil metal nos jogos que a equipa fizer em casa. Sou um gajo solidário com os pobres de espírito.
segunda-feira, setembro 13, 2010
Ensino Superior.
Uma bugiganga para o séc. XXI - Por RAP.
Porra, e eu que já comprei uma...
Dito isto, devo, no entanto, confessar que sou moderadamente cético quanto às capacidades da pulseira. Não digo que a pulseira do equilíbrio não provoque bem-estar. O que digo é que provoca mais em quem a comercializa do que em quem a usa. Creio que, se a pulseira do equilíbrio produzisse, de facto, equilíbrio, assim que o seu proprietário a colocasse no pulso pensaria: "Espera aí, acabei de dar mais de 30 euros por uma argola de borracha. Percebo agora que não foi uma decisão particularmente equilibrada. Vou à loja tentar recuperar o dinheiro." No entanto, é falso que a pulseira não produza qualquer efeito. Quem a usa passa a empenhar-se numa espécie de proselitismo gratuito, informando os amigos dos benefícios de andar com coisas quânticas ao dependuro. E é possível que a energia despendida nesta tarefa produza efeitos saudáveis, uma vez que explicar um processo fantasioso através de palavras que não se compreendem constitui um esforço notável. Pela minha parte, começo a sentir alguns efeitos da pulseira mesmo não a tendo adquirido. A admiração que tenho pelo fenómeno levou-me a agir de um modo que, segundo creio, não tardará em produzir melhoras na minha qualidade de vida. O meu plano é encomendar 50 mil anilhas para pombos a dez cêntimos cada. Depois, mergulhá-las num caldo de iões tão quânticos quanto me for possível, e vendê-las a 30 euros a unidade sob a designação de "O Anel da Temperança". E, anualmente, renovar o stock de charlatanice quântica com novidades. O Colar da Constância, Os Brincos da Estabilidade e A Gargantilha da Harmonia garantir-me-ão, acredito, negócio para a próxima década. Estejam atentos."
FF no DN.
"A posição das autoridades americanas sobre a mesquita perto das Torres Gémeas tem sido a que deve ser. A liberdade religiosa (e, portanto, a da construção de lugares de culto) é um valor defendido na América. Ela não é a Arábia Saudita, não é de religião única - e ainda bem. Os construtores da mesquita naquele local é que deveriam ter o bom senso de a achar inoportuna. Afinal, milhares de pessoas acabaram de ser mortas em nome do islão, ali, no quarteirão vizinho (foi há nove anos, está na memória dos pais, irmãos e amigos). O imã que está na origem do projecto da mesquita, Feisal Abdul Rauf, homem moderado, deu ontem uma entrevista à cadeia televisiva americana ABC. Disse que cancelar a construção agora enviaria uma mensagem errada ao mundo muçulmano: "A minha maior preocupação com a mudança [do local] é que no mundo muçulmano as manchetes serão: 'Islão foi atacado nos Estados Unidos'." E acrescentou: "E isso também fortalecerá os radicais do mundo muçulmano, e os ajudará a recrutar militantes." O imã Rauf está certo, a não construção iria mesmo irritar os irritadiços. Portanto, vai mesmo ter de se construir, mesmo que a construção irrite também uns quantos. Mas esses não contam. Raramente vi do mundo actual tão boa definição como esta do moderado Rauf: há parte do mundo que espera que lhe passem a mão pelo pêlo e há o resto do mundo para ser refém e calar."
sábado, setembro 11, 2010
You can't always get what you want.
sexta-feira, setembro 10, 2010
quinta-feira, setembro 09, 2010
A pobreza sai muito caro.
Cercado por uma espécie de guerra, refém de um sentimento de impotência, escuto tiros a uma centena de metros. Fumo escuro reforça o sentimento de cerco. Esse fumo não escurece apenas o horizonte imediato da minha janela. Escurece o futuro. Estamo-nos suicidando em fumo? Ironia triste: o pneu que foi feito para vencer a estrada está, em chamas, consumindo a estrada. Essa estrada é aquela que nos levaria a uma condição melhor.
E de novo, uma certa orfandade atinge-me. Eu, como todos os cidadãos de Maputo, necessitaríamos de uma palavra de orientação, de um esclarecimento sobre o que se passa e como devo actuar. Não há voz, não rosto de nenhuma autoridade. Ligo rádio, ligo televisão. Estão passando novelas, música, de costas voltadas para a realidade. Alguém virá dizer-nos alguma coisa, diz um dos meus filhos. Ninguém, excepto uma cadeia de televisão, dá conta do que se está passando.
A pobreza sai muito caro. Ser pobre custa muito dinheiro. Os motins da semana passada comprovam este parodoxo. Jovens sem presente agrediram o seu próprio futuro. Os tumultos não tinham uma senha, uma organização, uma palavra de ordem. Apenas a desesperada esperança de poder reverter a decisão de aumento de preços. Sem enquadramento organizativo os tumultos, rapidamente, foram apropriados pelo oportunismo da violência, do saque, do vandalismo. Esta luta desesperada é o corolário de uma vida de desespero. Sem sindicatos, sem partidos políticos, a violência usada nos motins vitimiza sobretudo quem já é pobre.
Grave será contentarmo-nos com condenações moralistas e explicações redutores e simplificadoras. A intensidade e a extensão dos tumultos deve obrigar a um repensar de caminhos, sobretudo por parte de quem assume a direcção política do país. Na verdade, os motins não eram legais, mas eram legítimos. Para os que não estavam nas ruas, mesmo para os que condenavam a forma dos protestos, havia razão e fundamento para esta rebelião. Um grupo de trabalhadores que observava, junto comigo, os revoltosos, comentava: são os nossos soldados. E o resto, os excessos, seriam danos colaterais.
Os que não tinham voz diziam agora o que outros pretendiam dizer. Os que mais estão privados de poder fizeram estremecer a cidade, experimentaram a vertigem do poder. Eles não estavam sugerindo alternativas, propostas de solução. Estavam mostrando indignação. Estavam pedindo essa solução a “quem de direito”. Implícito estava que, apesar de tudo, os revoltosos olhavam como legítimas as autoridades de quem esperavam aquilo que chamavam “uma resposta”. Essa resposta não veio. Ou veio em absoluta negação daquilo que seria a expectativa.
Poderia ser outra essa ausência de resposta. Ou tudo o que havia para falar teria que ser dito antes, como sucede com esses casais que querem, num último diálogo, recuperar tudo o que nunca falaram. Um modo de ser pobre é não aprender. É não retirar lições dos acontecimentos.As presentes manifestações são já um resultado dessa incapacidade.
Para que, mais uma vez, não seja um desacontecimento, um não evento. Porque são muitos os “não eventos” da nossa história recente. Um deles é a chamada “guerra civil”. O próprio nome será, talvez, inadequado. Aceitemos, no entanto, a designação. Pois essa guerra cercou-nos no horizonte e no tempo. Será que hoje retiramos desse drama que durou 16 anos? Não creio. Entre esquecimentos e distorções, o fenómeno da violência que nos paralisou durante década e meia não deixará ensinamentos que produzam outras possibilidades de futuro.
Vivemos de slogans e estereótipos. A figura emblemática dos “bandos armados” esfumou-se num aperto de mão entre compatriotas. Subsiste a ideia feita de que somos um povo ordeiro e pacífico. Como se a violência da chamada guerra civil tivesse sido feita por alienígenas. Algumas desatenções devem ser questionadas. No momento quente do esclarecimento, argumentar que os jovens da cidade devem olhar para os “maravilhosos” avanços nos distritos é deitar gasolina sobre o fogo. O discurso oficial insiste em adjectivar para apelar à auto-estima. Insistir que o nosso povo é “maravilhoso”, que o nosso país é “belo”. Mas todos os povos do mundo são “maravilhosos”, todos os países são “belos”. A luta contra a pobreza absoluta exige um discurso mais rico. Mais que discurso exige um pensamento mais próximo da realidade, mais atento à sensibilidade das pessoas, sobretudo dessas que suportam o peso real da pobreza."
Mia Couto.
15 anos!
Fica aqui a homenagem, embora o vídeo que vos trago tenha várias deficiências – há outros com bem melhor imagem e som no youtube, e que facilmente podem ser encontrados. Contudo, julgo que este é aquele que melhor retrata a alegria e boa disposição dos elementos do grupo. Uma banda cheia de humor e sentido crítico que nunca encontrou sucessores à altura.
Desportivismo à Inglesa
Apesar disso é, e sempre foi, aficcionado do Everton, o grande rival da cidade de Liverpool.
O derby de Merseyside não contava para nada e servia apenas para homenagear o Jaimie que, ao ver a equipa do seu coração a perder com aquela que lhe paga o salário, ajudou à festa.
Parece que estou a ver o João Moutinho a marcar um golo na própria ao clube que lhe paga o salário a favor do clube do seu coração.
quarta-feira, setembro 08, 2010
Senhor televisão.
terça-feira, setembro 07, 2010
sexta-feira, setembro 03, 2010
Riquelme em 3D.
Júlio Magalhães ao DN.
quinta-feira, setembro 02, 2010
Animais e mais animais.
O vídeo não é simpático. O visionamento do mesmo é da vossa inteira responsabilidade. Se quiserem, vejam-no aqui.
Património Nacional vs Património Regional
Na Índia, o paquiderme foi considerado património nacional.
Nada que espante atendendo ao que representa esse simpático animal para os indianos.
Teme-se é que outros paquidermes que consideram que seres humanos devem voltar à terra de origem se não se sentirem bem num qualquer lugar, por exemplo, nas Berlengas, se tornem, também eles, património regional.
Que te vaya bien!
quarta-feira, setembro 01, 2010
Moçambique.
Espero que tudo volte à normalidade rapidamente e que a malta esteja porreira (dentro do possível)! Um grande abraço.
Por falar em truces...
Polémicas.